“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos seja multiplicada.”
1Ped. 1:2
O Apóstolo Pedro escreveu que somos eleitos segundo a presciência de Deus Pai. Não O Filho, não O Espírito Santo; mas o próprio Pai e criador de todas as coisas. Foi Ele; o sumo arquiteto do universo, que em sua excelência única de Senhor de tudo que foi, é e será criado, quem olhou para nós, nos amou primeiro e depositou em nós sua confiança; por isso nos elegeu.
Por sua presciência, ou seja: por ser conhecedor – único – do que está por vir, Ele nos separou.
Muitas vezes nos perguntamos: porque todo aquele sofrimento na vida de Jó? A resposta é: pela presciência de Deus. Ele sabia – quando permitiu que o diabo tocasse em Jó – que seu eleito não blasfemaria.
O Senhor Jesus mesmo declarou aos seus discípulos: “Mas, daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem O Filho, senão O Pai” (Mc. 13:32). Logo, a presciência é atributo de Deus. É singular.
Deus nos coloca na mesma estatura e condição de seu próprio filho; quando nos elege (chama) para servi-lo. Faltam palavras em nosso vocabulário com que possamos expressar a magnitude de tal maravilha. Talvez consigamos esboçar algo como: ”obrigado Senhor”, acreditando que Ele por sua infinita bondade e misericórdia possa receber nosso balbuciar de agradecimento.
O Deus uno e trino não pode negar-se a si mesmo. Por isso completa sua vontade com as pessoas do Espírito Santo e do Filho.
Pedro escreve ainda: “... em santificação do Espírito...”. O Apóstolo Paulo escreveu: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor” (Heb.12:14).
A santidade testifica o eleito de Deus. É exigência para se ter intimidade com O Filho. Santidade é a Glória de Deus (Ex.15:11). Santidade é dar-se a Deus (Ex.39:31). Santidade é fazer a vontade de Deus (1 Tes.4:3). Se formos santificados pelo Espírito Santo, então, aí sim estamos legitimados na escolha do Criador.
Finalizando a revelação que lhe foi dada Pedro escreveu: “... para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo: ...”
Jesus é nosso grande exemplo de obediência: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Heb. 5:8). Pedro testifica: “... Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At.5.29b). A obediência faz-nos vencer a luta do espírito contra a carne. A obediência é uma poderosa e eficaz arma da nossa milícia, capaz de aprisionar os demônios e conselhos. (2Cor. 10:45).
Levar-nos a proclamar a libertação, a cura e a salvação pela lembrança do sangue do Cordeiro derramado na cruz do calvário, é o propósito do coração de Deus ao nos eleger.
Através do simbolismo do sangue do cordeiro aspergido sobre a verga e as ombreiras das casas do povo escolhido – antecedendo a fuga do cativeiro Egípcio -, Deus nos trás a figura do Seu Filho: O Cristo; fazendo-se trino e uno.
Por ser conhecedor do amanhã, nosso Deus, poderoso e criador de todas as coisas, falando-nos pelo seu Santo Espírito e revelando-nos seu filho; elegeu-nos para: multiplicando sua graça e paz, fazermos a diferença entre os que servem e os que não servem a Deus.
Deus abençoe.
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