quinta-feira, 17 de julho de 2008

A chamada de Abrão.

O CHAMADO DE ABRÃO


“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei,” (Gen.12:1).

Abrão foi o escolhido do Senhor para ser pai de uma nova geração. Era Semita, ou seja; fazia parte dos povos orientais, como Assírios, Fenícios e Árabes- entre outros- conhecidos como Hebreus.
Encontrava-se em Harã, onde chegara acompanhando seu pai Tera, quando recebeu o chamado de Deus para ir a um lugar que lhe seria mostrado no caminho. Ouve a voz do Senhor e a aceita; colocando-a em prática ao obedecer sem questionar.

Abandonar o lugar onde se está vivendo a algum tempo, quando já se tem tudo organizado, esquematizado. Onde a vida se acomoda e segue seu curso normal, dia após dia. Deixar para traz a parentela e o grupo social de convívio; tudo isso equivalia naquela época, não só ao desconforto do recomeço, como também, perder algo do apoio que as famílias vivendo juntas garantiam umas as outras.
Deixar pai, mãe, irmãos, tios, primos, etc. significava também a perda do elo emocional que garantia a unidade estrutural das tribos; tão essencial a segurança, como a própria sobrevivência e continuidade do clero.
Abrão sequer sabia para onde iria. Simplesmente obedeceu a ordem dada pelo Senhor que ele conhecia como o Deus todo poderoso.
Seguindo o exemplo de Abrão, aprendemos que obedecer a Deus é fazer a Sua vontade, não questionar. É separar-se do mundo e de todas as coisas que de uma maneira ou de outra nos impeçam de atendê-Lo prontamente. Obedecemos a Deus quando reconhecemos como Sua a voz que fala ao nosso coração. Nesse momento, não cabe dúvida quanto a origem da voz que ouvimos- se de homem ou se de Deus-. Porquanto o Espírito Santo nos alerta: “...porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” (Mat.24:24).

Aos 75 anos Abrão ouve do Senhor a respeito da geração que lhe seria dada através da sua própria semente. A promessa dizia respeito ao herdeiro que viria através da relação carnal de Abrão com sua esposa Sarai.
Passados dez anos, Abrão continua esperando no Senhor; embora começasse a sentir mudanças naturais - ao tempo- em seu corpo.
Muitas vezes, nós, com o passar dos anos nos esquecemos ou começamos a duvidar das promessas do Senhor a nosso respeito. Começamos a olhar com os olhos da carne e a raciocinar com nosso entendimento humano. Esquecemo-nos das palavras do Senhor, quando Ele diz: “... assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.” (Iz.55:11).

Sarai então resolve ajudar a Deus. Com sua incredulidade fortalecida pelo amortecimento da carne; gerado pelo tempo, incita Abrão a se relacionar com a serva Agar; para segundo seu entendimento, garantir a existência do herdeiro mencionado e prometido por Deus.
Ismael – o filho gerado por esse relacionamento – não é o filho da promessa. Torna-se, isso sim, fruto da desobediência; causa primária de todos os males desse mundo.
No entanto, nosso Deus é misericordioso e sempre pronto a nos dar novas oportunidades. Passados 13 anos após o nascimento de Ismael, Abrão agora com 99anos é novamente abençoado com a renovação da promessa a respeito daquele que seria seu legítimo herdeiro; gerado no ventre de sua esposa Sarai. Deus muda o nome de Abrão – pai de altura – para Abraão – pai de uma multidão - : “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque: e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele.” (Gen.17:19).



Abraão, foi o primeiro exemplo, mas Deus ao longo dos séculos tem honrado sua palavra para com os homens.
Isaque, Jacó, José, Moisés, os Profetas, os juízes, Reis, Rainhas, fazendeiros, lavradores, doutores, jovens, idosos, solteiros, casados, ricos ou pobres; o Senhor tem falado a cada um; a seu tempo. Tem feito e cumprido promessas; porque Ele é Deus.: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longãnimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” (2Pe.3:9).

Logo que; o segredo para que se cumpram as promessas do Senhor em nossas vidas, está em obedecer a palavra de Deus. Nela está a vitória. O como, quando e por onde ir. Nela está o nome Santo do único mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.” (1Tim.2:5).
Na palavra de Deus está a advertência de que nossa luta não é contra aquele que nos persegue, injúria, maltrata ou injustiça. Ele diz: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Ef.6:10-12).








Amém.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

COMO VENCER AS LUTAS

COMO VENCER AS LUTAS
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33)


O Senhor Jesus; filho de Deus; com todo poder sobre céus, terra, mares; e até das profundezas do abismo; não nos deixa confundidos. Jesus é Santo. E como Santo que é; suas palavras são puras. Não veio para trazer ilusão aos homens, para engabelar com falsas promessas. Veio sim; para, como exemplo primeiro se dar como sacrifício vivo. Se fez homem como nós e como homem padeceu injúrias, decepções, perseguições, dores e até condenação de malfeitor; sendo levado a morte de cruz, que naquela época era morte de maldição, morte de malditos (“... e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.” - Fp.2:8), (“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro. – Gal.3:13).
Mas, tudo suportou, porque como Ele mesmo declarou:, “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar mas cumprir.” (Mat.5:17)
O Senhor Jesus com essas palavras nos ensina que: como Ele, nós também estamos sujeitos a passar por lutas e provações. Ele nos ensina que não devemos nos sentir abandonados por nosso Deus quando as coisas não andam da maneira como queremos ou planejamos. O Apóstolo Pedro na sua primeira carta de exortação a Igreja primitiva; falando a respeito do sofrimento por amor à Cristo, declara: “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;..” (1Pe.4:12). Atentemos para a parte final das palavras do Apóstolo: como se coisa estranha vos acontecesse. A palavra estranha, quer dizer: surpresa, incomum, que não tem nenhuma relação com um assunto ou tema. Analisemos então porque o Apóstolo nos alerta que; as lutas pelas quais venhamos passar não devem ser recebidas por nós como se coisa estranha fosse.

1º - SURPRESA: Porque, nós haveríamos de nos surpreender com uma enfermidade que nos assola ou a um nosso ente-querido, se sabemos que nossa carne herdou do primeiro pecado a corrupção. Se sabemos que com o primeiro ato de desobediência a Deus, perdemos o direito a vida eterna; ainda nesta terra. O próprio Deus nos sentenciou; ainda no paraíso: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que tornes à terra; porque dela fostes tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás.” (Gen.3:19).
Porque, nos haveríamos de surpreender se temos recebido desfeitas? Se somos perseguidos, injustiçados, caluniados; e com isso nos decepcionamos. O Senhor é claro quando diz: “Assim diz o Senhor: “Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Jer.17:5).

2º - INCOMUM: Porque nós haveríamos de achar incomum, quando nossos planos, projetos e sonhos não se concretizam?
A mãe, que cria seus filhos com amor e as vezes sacrifícios, mas, só colhe indiferença e rebeldia. A esposa dedicada, fiel; só colhe traição. O homem trabalhador, esforçado, honesto; mas por mais que lute, não consegue suprimir o mínimo das necessidades da sua família. O (a) jovem, que estuda, se prepara, se forma, empreende; mas nunca consegue colher os frutos do seu esforço. Meditemos: “Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor, a resposta da boca.” (Prov.16:1).
Porque acharmos incomum as injustiças desse mundo? O corrupto que é rico, o adultero que conserva sua família, o que tem condições financeiras favoráveis está na universidade pública, a moça sem juízo consegue um bom casamento, uns tem dois, três ou mais carros na garagem e o outro nenhum, o semi-analfabeto está bem empregado, e aquele que se esforçou fazendo grandes sacrifícios para se formar está desempregado. A boa palavra do Senhor é nosso consolo: “Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a gente ímpia; livra-me do homem fraudulento e injusto.” (Sl.43:1).
3º - QUE NÃO TEM NENHUMA RELAÇÃO COM UM ASSUNTO OU TEMA: Porque lhe nasceu um filho(a) com deficiência física? Porque depois de muito se esforçar, o automóvel pelo qual ele tanto se empenhou, se transforma na arma que vai tirar sua vida ou deixá-lo incapacitado? Porque depois de tantos anos de trabalho , quando já pensava nas delícias de uma aposentadoria tranqüila, vem a morte e lhe ceifa esse direito? “E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” (João 9:1-3).
Estou na Igreja a tanto tempo. Tenho vindo a todos os cultos, sou ofertante, devolvo o dízimo, jejuo, subo ao monte para orar, faço consagração; e no entanto, é luta encima de luta, vento sobre vento, provação atrás de provação. Tem misericórdia Senhor; assim nós falamos em nossas murmurações disfarçadas. Sejamos então revigorados pela palavra do Senhor, na vida do Apóstolo Paulo: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.” (Fil.4:12).

Nós nunca estaremos só. Como narrado pelo escritor de pegadas na areia, Deus sempre esteve, está e estará conosco. Algumas vezes nos cobrindo com a sombra do seu Espírito, outra vez, nos escondendo debaixo de suas asas. Ora nos tomando pela mão, ora nos carregando no colo. Enxugando nossas lágrimas, acalmando as tempestades e os ventos. Iluminando nosso caminho com sua palavra. Antecipando-se aos nossos pedidos. Manifestando seu poder sobrenatural; porque é o Deus do impossível. Cumprindo sua promessa quando diz: “Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortos; quebrarei as portas de bronze e despedaçarei os ferrolhos de ferro.” (Iz.45:2) , “... não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.” (Iz.41:10), “Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, que eu te ajudo.” (Iz.41:13), “Apresentai a vossa demanda, diz o Senhor; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó.” (Iz.41:21), “... Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu.” (Iz.43:1-b), “Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” (Iz.43:2), “Procura lembrar-me; entremos em juízo juntamente; apresenta as tuas razões, para que te possa justificar.” (Iz.43:26).
Muitos homens e mulheres de Deus tem crido nesta palavra. Vencem pelo poder da fé genuína. Não duvidam, não olham com os olhos da carne. Vencem; não pela sua força física, sua inteligência ou posição social. Colocam diante de si, o Deus vivo; na pessoa da sua palavra e do nome poderoso do Senhor Jesus Cristo. Vencem, porque aprenderam a descansar no Senhor: “Descansa no Senhor e espera nele: não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.” (Sl.37:7). Vencem porque aprenderam a olhar somente para aquele que venceu todas as coisas, e a segui-lo: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (João 13:15).



Amém!

terça-feira, 8 de julho de 2008

O alicerce da Igreja

O ALICERCE DA IGREJA


“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre está pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mat.16:18).


“...esta pedra...” : a Palavra de Deus.
“...portas do inferno...” : o medo da morte.

O Senhor Jesus, no texto acima, está dizendo a Pedro que confiava a ele a continuidade de Sua obra de evangelização (pregação das boas-novas). Jesus conhecia o coração de Pedro; portanto conhecia suas fraquezas e limitações. Sendo assim, O Mestre Jesus direciona seu discípulo no caminho que deverá andar; quando no cumprimento da sua árdua, mas, Santa missão.
Jesus falando à Pedro, está declarando que, em nós, os que Nele cremos, será dada a continuidade da missão pela qual Ele veio a esta terra. Sabendo que em breve retornaria ao Pai, e em conseqüência disso, viria O Espírito Santo; Jesus declara que aquele que cresse, seria o templo, a casa, a Igreja; onde Este faria morada. Logo, esta construção teria que ser edificada e firmada em fundamentos inabaláveis; capazes de resistir a todas as investidas exteriores, contrárias a edificação desta obra.
Pedro é orientado a fundamentar sua missão, sobre tudo o que havia ouvido e visto. Como também, sobre tudo o que haveria de ouvir e ver; da parte de Deus, na pessoa do Espírito e da Palavra.
Jesus ainda faz uma contundente e severa afirmação quanto ao destino da Sua Igreja, se fundamentada genuinamente em Sua palavra: ela não sucumbiria aos doutrinas religiosas, a natureza humana. Jesus a adverte a não andar pelos caminhos largos das facilidades mundanas, pelo caminho da dúvida que levaria o homem a caminhos tortuosos.
As portas do inferno, pré-figuram o domínio de satanás. Mas, contra a Sua Igreja, diz o Senhor Jesus a Pedro: elas não prevalecerão.

O poder da Palavra de Deus é ilimitado. Aquele que tem sua vida espiritual fundamentada nele, torna-se inabalável sob qualquer circunstância.
O Evangelista Lucas em seu Evangelho declara que: “... até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão”. (Luc.3:8). Ele afirma isto porque os judeus fundamentavam sua fé no nome do patriarca Abraão, e não na Palavra de Deus (as escrituras). Realmente, enquanto vivo, Abraão havia sido um homem de Deus. Portanto, Deus o abençoara em tudo. Mas, agora Abraão é morto; como qualquer um de nós um dia seremos. Sua vida nos serve de exemplo de obediência e de fé. Mas, não como fundamento para uma vida cristã de santidade, poder e autoridade.
Quando colocamos o Senhor Jesus Cristo (a Palavra) como a pedra principal, a pedra de esquina, a pedra angular; para alicerçar nossa construção espiritual. Quando nos colocamos como casa-templo do Espírito Santo, nos tornamos tão íntimos do Senhor Deus, que somos considerados e tratados como parte integrante D’Ele . Deixamos de ser estrangeiros que peregrinam pela terra, para andarmos lado a lado com os santos; salvos em Cristo Jesus.
As palavras ditas pelo Senhor Jesus, pelos Apóstolos, pelos Profetas e por nós mesmos (inspiradas pelo Espírito Santo) são os elementos que formam essa construção que será eterna.
Caminhamos seguindo em direção a eternidade. Nos transformado pela renovação do nosso entendimento, a alcançaremos. Se não perdermos o foco venceremos com Ele.





Amém!

Tentação, sofrimento. Porque dar Glória a Deus.

TENTAÇÃO, SOFRIMENTO:
PORQUE DAR GLÓRIA A DEUS?



“Todos os mandamentos que hoje vos ordeno guardareis para os fazer, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o Senhor jurou a vossos pais.
“E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor, o teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não.” (Deut.8:1,2)


Somente pelo caminho da fé poderemos servir integralmente ao nosso Deus. Renunciando ao nosso limitado entendimento e aceitando a total e infalível soberania do Deus criador. Reconhecendo-O como único; saberemos adorá-lo acima de qualquer circunstância.

Precisamos ser fortes e ao mesmo tempo, dependentes; o suficiente para obedecer todos os seus mandamentos, incluindo-se o passar por lutas, tentações e humilhações.
Quando aprendermos que não há vitória (com Cristo) sem lutas, que tentação não é pecado (é a preliminar), e que na humilhação (por amor a Cristo) somos exaltados; então, estaremos preparados para algo maior do que tudo aquilo que poderíamos imaginar; que nos será revelado em Glória, por Cristo Jesus.


A TENTAÇÃO.

“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações,...” (Tiago 1:2)

Tentação é a provocação de um desejo. Ou seja: estímulo ou impulso de querer fazer ou possuir algo.
A tentação em si não nos afasta (pecado) de Deus. O ceder a ela é que caracteriza o pecado.
Saber-se tentado, e resistir a tais estímulos, é o que nos faz sair fortalecidos da batalha a qual estejamos travando.

“Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.” (Tiago 1:12)

É maravilhoso ouvir do nosso Deus que Ele conhece nossas limitações. Por isso reconhece e nos galardoa quando nos vê resistindo aos nossos impulsos carnais.
“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e
a ninguém tenta.” (Tiago 1:13)

O Onipotente Criador não está sujeito a qualquer tipo de tentação. Como ser superior e criador; é dominador; logo, a nada se sujeita. Se nos criou a sua imagem, conforme a sua semelhança; logo, nos considera superiores àquele que veio para nos tentar. Essa superioridade no entanto nos limita a autoridade divina; por isso somos tentados; porém, com autoridade para resistir.
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (1Cor.10:13)

“... sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência.” (Tiago 1:3)

Quando somos testados acerca da nossa fé, adquirimos poderes físicos e morais para suportar e resistir a dores, infortúnios e amolações. Nos tornamos perseverantes, firmes; não cedemos.
“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” (Heb. 10:36)

“Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” (Tiago 5:10,11)


“Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis.” (1Pe. 2:20-a)

É claro que o nome do Senhor não pode ser glorificado se sofremos por causa dos nossos erros.O não resistir as tentações e assim enveredar pelo caminho do pecado fatalmente levará a experiências dolorosas.

“Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.” (1Ped. 2:20-b)

Independente de sermos reconhecidos ou não, de recebermos mérito ou algum tipo de recompensa.Para aquele que conhece e vive na palavra de Deus, ainda que sendo desprezado e ignorado; o importante e agradar ao Senhor.



“... porque melhor é que padeçais fazendo o bem (se a vontade de Deus assim o quer) do que fazendo o mal.
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.” (1Ped. 3: 17,18)

Não podemos abrir mão de fazer o bem. É o princípio do ministério de Cristo. Ele é nosso exemplo. Negou-se a si mesmo, e por isso vive para sempre.


“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta parte.” (1 Ped. 4:13-16)

O Apóstolo Pedro não está nos ensinando que devemos nos conformar com as provações e sofrimentos. Muito pelo contrário; o que ele quer é nos ensinar a não estranharmos, ou seja, não ficarmos espantados e surpresos, como se não soubéssemos que seríamos alvo de toda sorte de investidas do nosso adversário.



Porque resistir.



“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.” (Heb.6:4-6)

O Apóstolo Paulo é claro quanto àqueles que depois de terem caído no pecado, recebem o dom Divino do perdão, e ainda assim tornam a incorrer no mesmo erro ou pior ainda. Paulo os considera como cúmplices do ato vergonhoso da crucificação. Por isso torna a exortar-nos: “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Heb. 10: 26-29)
Paulo fala com autoridade. Não tolera nem compactua com os que desprezam a palavra. Alerta a respeito da inutilidade dos sacrifícios oferecidos por corações cheios de malícia. Não esconde a severidade do juízo Divino. Cita a implacável lei de Moisés e a considera como branda; diante realidade e da responsabilidade de andar sob a lei da Graça.



“Mas cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.” (Tiago 1:14)

Tiago ensina porque precisamos resistir. Nosso desejo exagerado de ter prazer é um astuto chamariz: atrativo, sedutor e enganoso. Por isso, Pedro também nos admoesta com a mesma severidade de Paulo, quando diz: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao esponjadouro de lama.” (2Ped. 2: 20-22)


Fiquemos, por fim, com as palavras de Tiago: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4:7)




Amém!

O Poder da Fé

O PODER DA FÉ



“E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê”. (Mc.9:23)


CRER: considerar como verdadeiro, considerar possível, desejar.

PODES: permissão, capacidade, força, direito, influência, autoridade.

O Senhor Jesus está dizendo àquele pai:
1º: ... se tu tens permissão para considerar como verdadeiro, para tornar possível e desejar...

A palavra permissão significa: autorização, consentimento.
“Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda ousadia a tua palavra”. (At.4:29)
Pedro e João se dirigiam ao templo para orar. À porta do templo foram interpelados por um homem que a mais de quarenta anos sofria de enfermidade; era coxo de nascença. Esse homem era todos os dias levado a porta do templo para ali esmolar.
Pedro e João estavam cheios do Espírito Santo, por isso, puderam com ousadia liberar para aquele homem uma palavra de cura e libertação.
Por terem agido assim; pregado o nome e a ressurreição do Senhor Jesus; foram presos, interrogados, censurados e constrangidos a não mais falarem ao povo a respeito do Cristo vivo.
Por isso, fazem a oração mencionada acima. Estão pedindo e recebendo de Deus a permissão para continuar falando com ousadia a palavra de Deus.


2º ... se tu és capaz de considerar como verdadeiro, para tornar possível e desejar...

A palavra capacidade significa: conteúdo, competência, qualificação, profundo conhecimento, formação.
“... e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.” (Mat.25:15)
Na parábola dos dez talentos, um senhor que decide fazer uma viagem confia a seus servos certo valor em dinheiro. No entanto faz a divisão dos valores de acordo com a capacidade de cada um dos seus servos. Segue o critério de entregar mais àquele a quem acha mais capacitado; e assim por diante.


3º ... se tu tens forças para considerar como verdadeiro, para tornar possível e desejar...

A palavra força significa: acontecimento capaz de produzir um resultado, energia, processo de reação.
“Forjai espadas das vossas enxadas e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte.” (Joel 3:10)
O povo de Deus havia vivido muitos anos sob o domínio do reino Babilônico . Deus tinha o propósito de fazê-lo reagir, e, para isso precisavam reestruturar-se como nação e espiritualmente; a fim de poderem reagir e resistir as novas investidas de seus inimigos.


4º ... se tu tens o direito de considerar como verdadeiro, de tornar possível e desejar...

A palavra direito significa: ato de possuir, usar, exigir, dispor de algo.
“E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa.” (Gal.3:29)
Aquilo que está escrito na Sagrada escritura é para os que crêem. É a confirmação da nossa condição de herdeiros. As promessas feita à Abraão e a sua descendência nos alcançam por Cristo Jesus. Tudo o que foi trazido ao conhecimento do homem pelo Senhor Jesus, tudo o que foi conquistado por Ele, tudo o que foi deixado por mandamento e como exemplo; são para os que o confessam como seu único, verdadeiro e suficiente salvador.


5º ... se tu tens influência para considerar como verdadeiro, para tornar possível e desejar...

A palavra influência significa: prestígio, crédito, ação de um ser sobre outro, boa reputação.
“E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio?” (Gen.18:23)
Abraão moveu o coração de Deus em várias situações. Por sua vida de obediência, renúncia e retidão foi capaz de influenciar na decisão de Deus.


6º ... se tu tens autoridade para considerar como verdadeiro, para tornar possível e desejar...

A palavra autoridade significa: poder legítimo, direito de mandar, dar a última palavra sobre determinado assunto.
“São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendência de Abraão? Também eu.” (2Cor.11:22)
Paulo se apresentava como prisioneiro de Cristo. De perseguidor da igreja, a seu maior defensor; seu amor a obra e sua vida de verdadeiro evangelista lhe davam legitimidade para levar ao gentios a verdadeira essência do evangelho: o poder de Deus para salvação daquele que crê.


O Senhor Jesus estava diante de um pai desesperado com o sofrimento continuo de seu amado filho. Diante de uma geração incrédula e perversa. Diante de seus discípulos que ainda não eram capazes de distinguir o poder do verdadeiro adversário do homem.

Portanto, se pudermos consagrar nossas vidas, se nos esforçarmos em vigilância, jejum e oração: se nos sujeitarão toda casta de demônios.




Amém!

O Obreiro aprovado

. O OBREIRO APROVADO



O obreiro aprovado é aquele que: em primeiro lugar ama a Deus e a Sua Palavra acima de tudo.Sabe que não é ele; mas Cristo em sua própria vida.
O obreiro aprovado entende que foi escolhido, chamado e eleito pelo próprio Deus, de quem recebe o selo das primícias espirituais quando, pela unção do Espírito Santo e através da autoridade do ministério a qual está subordinado, conscientiza-se de que servir a Deus e batalhar pela defesa do Evangelho; implícita submeter-se, obedecer e fazer não aquilo que pensa ou acha, mas, tudo o que for necessário para a continuação da vitória de Cristo.
O obreiro é um operário qualificado, que trabalha a serviço do Reino de Deus. Esse trabalho é continuo e sem descanso. Ele nunca se despe do “seu uniforme” de trabalho. Seu uniforme é espiritual, logo, sobre-pôe-se à vestimenta terrena.
Seja um policial, professor, motorista, dona de casa ou estudante. Qualquer que seja sua ocupação secular, sempre estará sobre ele seu uniforme de trabalho espiritual. Deste ele não pode se despir jamais.
A qualquer momento, a farda do policial, o giz do professor, o veículo do motorista, os afazeres da dona de casa ou o material didático do estudante poderão ser substituídos pelas ferramentas ou armas usadas pelo obreiro. Nesse momento, o cidadão comum se torna o soldado da resistência. Apto e disposto a combater o bom combate.
No entanto, existem alguns aspectos que são necessários e fundamentais, a serem observados e vividos pelo obreiro que deseja realmente ser aprovado e servir fielmente seu Senhor.

1º - CONVERSÃO
Significa: mudança de direção, mudança, transformação ou adaptação.
É preciso demonstrar conversão em todas as áreas da vida. No modo de pensar, falar, agir. Na fartura ou na escassez. Na alegria ou na tristeza. Quando honrado ou quando contrariado. Com saúde ou enfermo. No comando ou sendo subordinado. Amando ou sendo desprezado. Em casa ou em público.
A tempo ou a fora-de-tempo. A verdadeira conversão é visível. Por isso mesmo, tem a capacidade de impressionar (produzir, deixar uma marca, transformar pela luz) as pessoas a nosso redor e o mundo.

2º - SUBMISSÃO
Significa: ato ou efeito de submeter-se, obediência voluntária, sujeição.
Reconhecendo a autoridade ministerial e espiritual que está sobre sua liderança, e identificando em seu líder espiritual o caráter de Deus, o obreiro não se sente submisso (que está em posição ou lugar inferior, resignado, conformado). Ao contrário, sente-se honrado e privilegiado em poder obedecer.

3º - OBEDECER
Significa: sujeitar-se à vontade de, cumprir ordens, deixar-se conduzir, estar sob uma força ou influência, ceder.
O obreiro aprovado alegra-se em cumprir todas as ordens ou determinações vindas da direção do ministério. Está sempre pronto a servir. Não questiona, não despreza e nem negligencia. Porque confia no seu Deus, sabe que Ele é fiel.


Quando o obreiro examina e entende o real significado desses três aspectos acima citados; significa que tem consciência do seu chamado.
O próprio Senhor Jesus declara: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” (Jo.15:16).
Saber-se escolhido pelo próprio Senhor Jesus, leva o obreiro a desejar conhecê-lo mais intimamente, desejando ser como Ele é. “Sede, pois imitadores de Deus, como a filhos amados;” (Ef.5:1).
Para sermos igual a alguém naquilo que essa pessoa em de melhor, precisamos conhecê-lo. Para sermos imitadores então, precisamos conhecer intimamente, em detalhes; não deixando que nada passe desapercebido. É necessário neste caso, estar no mesmo espírito. Como nossos irmãos da Igreja primitiva. “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (At.2:44).
A visão do obreiro aprovado é de crescimento do ministério. O ide pregado pelo Senhor Jesus, refere-se a sua Igreja estabelecida nos quatro cantos da terra. Somos comparados a árvore que dá frutos. Vistos por Deus como seu povo no Egito: “... os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.” (Ex.1:7).

É preciso estar solidamente firmado e estruturado espiritualmente para ser visto e reconhecido por Deus como um verdadeiro obreiro.
Fincar raízes espirituais, implica uma vida de oração; como nos ensina Paulo: “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; ...” (Col. 4:2)
A vida de oração, leva a vigilância, que leva a resultados materializados em bênçãos. A vida de oração, não permite que sejamos enganados ou pegos de surpresa. A vida de oração, leva o obreiro a consagração; conforme determinado pelo Senhor Deus: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus. E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos santifica.” (Lev. 20:7,8)
Aqueles que desejam e sinceramente se esforçam em consagrar-se a Deus, são galardoados com o conhecimento da verdade. Esse conhecimento significa: entre outra coisa; libertação e prosperidade: “Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento.” (1Cor. 1:5)

Como na parábola dos talentos (Mt. 25:14a), tudo o que recebemos da parte do Senhor, nos é dado para que venhamos multiplicar. Assim sendo, em relação ao conhecimento da palavra, precisamos fazê-la prosperar em nossas vidas através das nossas próprias experiências. Se recebermos o conhecimento da palavra e não tivermos experiências com ela, se a palavra não for manifestada através da nossa vida (no dia-a-dia); então, seremos como aquele que enterrou o talento que lhe foi confiado. Viver a palavra em toda sua excelência e plenitude tem o poder de nos lavar de todas as imundícias espirituais e carnais. Por que, por essa palavra também somos sarados: “De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá.” (Ez.18:22)

Certo estrategista militar certa vez declarou: ... a melhor defesa é o ataque. Para o obreiro que tem visão espiritual, sabedor que todos os dias são dias de batalha, atuar na defesa do evangelho para ele é como beber água, comer, dormir; disso depende sua própria vida. Ele sabe que se defender; significa estar sendo atacado. Sabe que o combate nem sempre se trava no campo de batalha. Sabe que algumas vezes, se luta também na retaguarda. Sabe que nem sempre se usam as armas convencionais. Conhece que as calúnias, traições e afrontas também fazem parte do arsenal bélico usado pelo nosso adversário. O apóstolo Paulo, sofreu esse tipo de ataque: “Temos achado que este homem é uma peste e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos;...” (At.24:5)
Por isso, é necessário ter certeza absoluta e firme convicção quanto a causa pela qual se está lutando. A dúvida leva ao medo, que leva a covardia, que leva a perseguição, que leva a fraqueza, que leva a fuga, que leva a derrota, que leva a escravidão.
Estar no campo de batalha, gera desconforto, privações, sofrimentos e experiências desagradáveis. Tudo isso só será superado se acreditarmos na causa pela qual estamos lutando. se por ela decidimos dar nossa própria vida. Neste caso, ainda uma vez recorremos ao apóstolo Paulo; para confirmação da nossa fé: “... por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.” (2Tim.1:12)

Para se crer inabalávelmente na palavra de Deus; que nos leva a ter fé; é necessário ter visão espiritual. Somente com os olhos da fé, podemos enxergar o que não pode ser visto com nossos olhos carnais. Mas não basta apenas ter visão ou revelação espiritual. É necessário estar em íntima e santa comunhão com Deus; para que aquilo que nos for dado; sejam visões, sejam revelações, profecias ou ensinamentos, venhamos revelar-las aos homens.
Entre os anos de 740/710 AC, um homem de Deus; o Profeta Miquéias recebeu e nos revelou uma das mais lindas promessas feita por Deus a humanidade: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miq.5:2)

De tudo o que aprendemos até agora, e com toda importância que possa ter e significar em nossa vida espiritual; valor ou proveito algum terá se o Senhor Deus não receber de nossa parte como oferta (aproximação) de sacrifício e renúncia.

O valor do obreiro aprovado, está em desistir de algo que o agrada ou convém; voluntariamente. Renegar, rejeitar o que está em nós ou no mundo, por amor a Cristo. Dispor-se a desistir de sonhos, projetos, renegar costumes, vontades, tradições. Rejeitar o cômodo, o certo, o vantajoso.
Recomeçar fundamentado naquilo que não se vê; mas se crê. Seguindo os passos do Mestre quando Ele diz: “E, chamando a si a multidão, com os seu discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.” (Mc.8:34)




Amém!

A Alma

. A ALMA


“Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;...” (1Pe.1:22).


A visão de Deus para a humanidade é a salvação da alma do homem. O Senhor Jesus como Sumo Sacerdote, fez-se como cordeiro imaculado; para o perdão dos nossos pecados, e, conseqüente resgate da nossa alma: “... mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, ...” (1Pe.1:19).
O homem é corpo, espírito e alma. O corpo, porquanto formado do pó da terra (“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra ...”- Gen.2:7ª): a terra voltará transformado em cinza. O Espírito pertence a Deus (“... e soprou em seus narizes o fôlego da vida...” – Gen.2:7b), que o soprou nas narinas de Adão; logo, a Deus voltará. A alma, está reservado o julgamento no dia do juízo final; que lhe reservará de dois; um destino (“...pois tu livraste a minha alma da morte,...”- Sl.56:13a ).

Está nos planos de Deus que a alma viva eternamente, e esses planos não poderão jamais ser impedidos; enquanto o homem se sujeitar a viver em total obediência a Palavra. Por isso, o Senhor Jesus declara: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.” (Luc.21:33).
A alma é a parte do corpo humano responsável por registrar todas as sensações e emoções. Boas ou más, tudo fica registrado; de maneira que o homem seja aquilo que vai em sua alma.

“Tão-somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos tem visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos. (Deut.4:9).
A alma, é conforme a imagem e semelhança de Deus Pai, e Deus Filho. Não podemos entender que o Pai e o Filho, quando decidiram: “...Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gen.1:26a), estivessem se referindo a esse corpo corrupto, logo, sujeito a toda sorte de imperfeições e imundícias, fadado ao desaparecimento em cinzas.
Deus é Espírito, Seu Filho é Espírito (“...o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação.” (Col.1:15). Logo, somos como Ele; se gerados de novo pela Palavra.
O Senhor Jesus foi “...feito primícias dos que dormem. (1Cor.15:20b). Por isso, cremos que seremos eternos; pois se dormimos; é que um dia seremos acordados; para vê-lo como realmente Ele é: “Porque o que dantes conheceu, também os predestinou para serem conforme à imagem de seu Filho, a fim de ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rom.8:29).
Na verdade, podemos entender que a luta do espírito não é contra a carne; no sentido corpo humano, mas sim contra as impressões humanas que são provadas pela carne, ou, demonstradas através dela; ficando essas impressões registradas na alma.
Podemos ilustrar a alma como o negativo (filme) da máquina fotográfica; quando este registra o que é visto e, mais ainda; que é focado através da lente da máquina. Após o filme ser revelado, é que poderemos perceber as perfeições ou não daquilo que foi captado pela lente (o corpo) e registrado no filme (a alma).
Por isso, precisamos a cada dia nos esforçar para registrar em nossa alma somente as boas imagens. O Senhor Jesus nos ensina no sermão da montanha: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito vosso Pai, que está nos céus.” (Mat.5:48).

O homem exterior é o reflexo da sua alma. Aquilo que ele pensa, ouve e fala, acaba traduzindo em suas ações. Aquilo que ele aparenta, o que possui, o que pede ou o que dá; são manifestações da sua alma.
O espelho reflete o que está diante dele. O vidro de perfume quando aberto, exala o perfume da essência guardada em seu interior. O alimento servido à mesa, desperta o apetite e dá a sensação de prazer antes mesmo de ingeri-lo; quanto a sua aparência e aroma. O veneno em si, não tem a face da morte; até ser ingerido. Por isso, o Apóstolo João escreveu: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.” (3 Jo.2).

O corpo humano é como o veículo inventado pelo homem para conduzi-lo. Esse veículo não se locomove sozinho. É preciso um condutor. Se for bem dirigido; chegará ao seu destino em boa hora e em bom estado de conservação. Porém, se for mal dirigido; fará um trajeto conturbado. Irá por maus caminhos e com isso não chegará em bom estado. Muito pelo contrário, ficará na estrada sem quem lhe possa socorrer e sujeito a todo tipo de sofrimento.

O Apóstolo Pedro escreveu: “... alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma.” (1Ped.1:9). Essa palavra, é uma promessa que se cumprirá em nossa vida como conseqüência da nossa obediência a Deus através da Sua Palavra.
Observe: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria? (Num.23:19).
Agora: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.” (Ecl.12:13).
Concluímos que:O Senhor Deus liberou a sua palavra. Não pode ser revogada pelo homem. Ele só a libera àqueles em quem vê o desejo de vê-la materializada em suas vidas. A nós, cabe o princípio de toda sabedoria; ou seja: temer a Deus, receber sua palavra, guardá-la e finalmente colocá-la em ação; executando-a, determinando-a.


Nossa querida irmã Maria, mãe do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, expressa maravilhosamente bem o que se espera do homem conforme o verdadeiro sentido da palavra escrita em Gen. 1:26: “...Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;...”; quando ela declara em cânticos de louvor: “... a minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.” (Luc.1:46b-47).

Quando os Apóstolos foram mais alma; deixaram tudo e seguiram o Senhor Jesus.Quando foram mais alma; lançaram as redes e protagonizaram a pesca maravilhosa. Quando foi mais alma; Pedro andou sobre as águas.
Os Apóstolos, no Nome do Senhor Jesus, curaram enfermos, expulsaram demônios, ressuscitaram mortos, pregaram o Evangelho com ousadia e autoridade, enfrentaram reis, prisões, açoites, injúrias, perseguições, fome, frio e até a própria morte. Na fraqueza se fizeram fortes. Na humilhação foram exaltados. Na morte renasceram. Tudo isso; quando foram “mais alma.”

Portanto, vivamos neste mundo, não para as concupiscências da carne (desejo exagerado de prazer carnal), mas para a purificação, santificação e conservação da herança eterna para nossa alma.
Enquanto nossa alma estiver presa a este corpo, aprofundemo-nos na palavra escrita em Rom.12:1,2: “Rogo-vos, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”




Amém!

Davi

. DAVI


“... e disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu Senhor, ao ungido do Senhor, estendendo eu a minha mão contra ele, pois é ungido do Senhor.” (1Sam. 24:6).


O rei Saul queria matar Davi. Durante anos dedicou-se a este maligno intento. Mas, porque isso? Que motivação tinha o primeiro rei de Israel para voltar-se com tanta fúria contra um súdito seu?

“E levantou o Senhor juízes, que os livraram da mão dos que o roubaram.” (Jz.2:16).

Com a morte de Josué, os israelitas interromperam a obra de conquista da Canaã prometida. A ordem de Deus era que fossem totalmente exterminados todos os povos não israelitas. Crianças, velhos, homens, mulheres e até mesmo os animais. Tudo teria de ser destruído para que o povo de Deus tomasse posse total daquelas terras e multiplicasse entre si. Não haveria mistura de raças, mas um povo único, puro; povo escolhido de Deus.
Durante muitos anos o povo vive sem a direção e orientação de um líder. As tribos se separam entre si, contaminan-se com os habitantes daquelas terras e o mais terrível de tudo: afastam-se do seu Deus.
Ao deixarem-se contaminar e deixando de exterminar os povos daquela terra, juntam-se a eles, iniciando-se assim um longo período de contaminação carnal e espiritual. Principalmente espiritual.
Com o passar dos anos, os israelitas vão perdendo a pureza da sua raça. Esquecem-se do Deus de seus pais e voltam-se para deuses pagãs.
Apesar de tanta desobediência e abominação, os israelitas ainda eram o povo escolhido por Deus. O Deus que vela em cumprir Sua palavra e Suas promessas, dá àquele povo uma nova oportunidade de redenção; levantando entre eles homens para dirigi-los: os juízes.
Durante aproximadamente 325 anos, de tempos em tempos, o Senhor Deus derramava do Seu Espírito sobre um homem ou mulher, e levanta dentre o povo juízes; para servirem como orientadores, julgadores e lideres.

“...e disseram-lhe: eis que já estás velho e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o tem todas as nações.” (1Sam.8:5),

Um povo de coração endurecido, obstinado em se inclinar à desobediência. Certamente contaminado de uma maneira tal , que, desejou para si um senhor que não fosse o Senhor de Israel. Sofreram uma influência tão maligna; resultante da convivência com outros povos, que os juízes levantados por Deus já os não agradavam mais.
Não bastava a eles adorarem deuses estranhos. Já não bastava inclinarem-se diante de imagens de escultura feitas por mãos de homens. Comiam dos manjares consagrados a demônios representados por tais imagens. Participavam de cerimônias onde imperavam orgias e todo tipo de abominações . Ofereciam seus filhos em sacrifício ao deus moloque; assando-os vivos.
Agora, querem para si, um rei que os governe, como os povos com quem se contaminavam.
Com o coração e a visão totalmente dominada pelo carnal; e por isso mesmo afastados de Deus, queriam eles um rei. Não seguem mais a direção do Deus de seus pais. Sua limitada e enganosa visão terrena os domina.

“Este tinha um filho, cujo nome era Saul, jovem e tão belo, que entre os filhos de Israel, não havia outro homem mais belo do que ele; desde o ombro para cima, sobressaia a todo o povo.” (1 Sam. 9:2).

O que aquele povo desejasse em seu coração, o Senhor seu Deus os daria. Se tinham uma visão terrena e aparente, assim seria o rei que eles receberiam: carnal, falho, e, como eles queriam: de boa aparência.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jer.17:9).

O coração do homem é enganoso. Sem a direção e aprovação de Deus, não se firma na verdade. Israel havia desprezado seu juiz vindo da parte de Deus para servir a um rei nascido em seu coração movido por desejos e intenções mesquinhos e rebeldes.

“E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito.” (1 Sam.12:23).
O Senhor Deus dá legitimidade ao sacerdócio do agora profeta Samuel. Faz dele canal de ligação entre si e Israel. Sujeita o rei Saul e os que viriam após ele, à autoridade espiritual do profeta. No concernente a Deus, só o profeta tem autoridade para falar, oferecer sacrifícios, exortar, edificar e consolar.

“Tu, porém,descerás diante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos e para oferecer ofertas pacíficas; ali, sete dias esperarás, até que eu venha a ti e te declares o que hás de fazer.” (1Sam.10:8).

Apenas dois anos são suficientes para que Israel veja cair sobre si o peso de sua louca decisão em deixar de servir somente ao Deus vivo, para servir aos desejos malignos e enganosos, de seus corações ingratos e ímpios.

“Bem -aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e que não respeita os soberbos, nem os que se desviam para a mentira.” (Sl. 40:4).

Faltou ao rei Saul, a Bem-aventurança de amar o seu Deus, de todo o seu coração. Se o fizesse, receberia as palavras que foram ditas ao rei Davi. Seu coração orgulhoso e prepotente o afasta do Deus de Israel. Se enche de medo e incertezas. Leva-o por caminhos que parecem bons à seus olhos, mas, cujo final são caminhos de morte.

“E o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor” (1Sam. 14:12).

O rei Saul agora está só. O Deus de Israel já não olha mais por ele, nem por seu reino. O profeta Samuel já não é mais seu orientador espiritual. Perde a unção Divina que havia sobre seu reino. Segue governando segundo seu próprio coração, sua visão terrena e limitada. Fica vulnerável; porquanto agora existe uma porta aberta que permite sua alma indefesa ser tomada, dominada e influenciada por espíritos das trevas. Sua mente se corrompe; frutificando pensamentos de amargura, desassossego, inveja, impiedade e iniqüidade. Torna-se blasfemo e idólatra. Incapaz de arrepender-se.

“E as mulheres, tangendo, respondiam umas as outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares. Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos; e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, se não só o reino? E desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita.” (1Sam.18: 7-9).

Após rejeitar a Saul como rei sobre Israel, Deus manda Samuel ungir Davi como novo rei. Porém, apesar de ter se arrependido quanto a Saul, O Senhor Deus vela em cumprir a sua palavra.
A escolha e a unção que o profeta Samuel confirma na vida do jovem pastor de ovelhas; faz parte do plano de Deus.
Enquanto durava o seu ofício como pastor de ovelhas, o moço Davi cria uma vida de intimidade com o Deus todo poderoso. Passa longos períodos de sua vida no campo. Dias e noites em vigílias e cuidados com o rebanho de seu pai. As longas distâncias que é obrigado a percorrer com o rebanho à procura de bons pastos, água e abrigo, vão forjando seus físico a adquirir destreza e resistência. A proteção que precisava dar ao rebanho; despertava nele o instinto observador, destemido e ousado. Habilidades necessárias para enfrentar as feras que habitavam naquela imensidão de terras.
As imensas pastagens, de exuberante beleza, a diversidade vegetal, animal e mineral, vão despertando no moço o amor por aquelas terras.
Contemplando o céu, observando as estrelas, a lua, os pássaros, imaginado o infinito; sensibiliza-se com a criação e seu Criador.
Davi era o filho mais novo de Jessé. Quando Saul começa seu reinado e guerreia contra outros povos, Davi ainda não tem idade para ingressar no exército. Vai crescendo como ungido de Deus. Sem sequer imaginar em usurpar o trono do seu rei Saul.

“Então, respondeu um dos jovens e disse: Eis que tenho visto um filho de Jessé o belemita, que sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil aparência; o Senhor é com ele.” (1Sam. 16:18).

Assim; passados alguns anos, é apresentado o jovem Davi a seu rei Saul.
Toca a harpa que emite sons melódicos capazes de aliviar; ainda que temporariamente, seu rei do tormento causado por espíritos malignos. Não se esquece da casa de seu pai e das responsabilidades que tem como pastor de ovelhas. Apresenta-se diante de todo o exército de Israel e de seu rei; oferecendo-se a tirar a afronta causada pelo Filisteu Golias e mostrar a todos que há um Deus em Israel que é invencível. Firma aliança de amizade com Jônatas; filho do rei; de quem receberia provas irrefutáveis de amor, respeito e fidelidade. Lidera o exercito de seu rei em grandes batalhas; coroando de vitórias a todo Israel.

“E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul.” (1Sam. 18:12).

Davi não insultou seu rei Saul. Não o traiu, não o ignorou, não o afrontou. Ao contrário, Davi amava seu rei.
O ódio que foi crescendo descontroladamente dentro do coração do rei Saul, era conseqüência da sua falta de obediência ao Senhor Deus de Israel.
As ciladas que foram armadas contra Davi, as perseguições, as dissimulações, os desvarios, enfim, tudo que foi planejado e tentado pelo rei contra seu fiel súdito; nada mais foi do que investidas do diabo, para tentar impedir o andamento do plano divino de consolidar “...a raiz de David”.

“Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.” (Iz. 9:7).






Amém!

A Pedra

“...e esta pedra que tenho posto por coluna, será a casa de Deus;” (Gen.28:22a).


“Se Deus for comigo, e me guardar nessa viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar a casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e está pedra que tenho posto por coluna, será casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente darei o dízimo.” (Gen.28:20 a 22).

O pronome “se” com que Jacó inicia sua oração, não denota dúvida ou condições. Não é apresentado a Deus como condição para obediência, nem para dependência ao querer do Deus de seus pais. Ao contrário, esse “se” indica fé irrestrita; como compromisso genuíno. Quando Jacó faz um voto ao Senhor de dar-lhe o dízimo de tudo, Jacó está reafirmando sua aliança com o Senhor Deus. Sacramentando a promessa que fora feita por Deus a seus pais.
A fé de Jacó não vinha de experiências vividas com Deus. Ao contrário, ele não as tinha até então. Sua fé existia por ter recebido de seu pai Isaque os ensinamentos e a herança das promessas feitas por Deus a seu avô Abraão. Jacó confiava somente em Deus como mantenedor da sua vida. Quanto ao que comer, quanto ao que vestir, quanto às experiências pelas quais teria que passar; confiava que seria cumprida em sua vida a promessa do Senhor de fazer a descendência de Abraão incontável nesta terra.
Jacó confiava que não importava quanto tempo se passasse, que o que quer que seja que lhe viesse a acontecer, ele voltaria em paz à casa de seus pais.

A pedra do deserto que na noite anterior lhe servira de travesseiro, ele a toma e põe como coluna.Toma-a como base de sustentação, pilar, ponto de apoio da sua fé. Derrama sobre ela o azeite; simbolizando a unção. Santificando e purificando-a. Determina naquele momento o cumprimento da vontade de Deus em sua vida. Entrega-se sem restrições a totalidade da vontade de Deus.

“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mat.16:18).


Sobre a palavra de Deus, o seu Santo Espírito, a sã doutrina (o evangelho vivo) e no nome santo do Senhor Jesus; somos edificados.
Como Igreja do Senhor Jesus, não prevalecerão sobre nós às portas do inferno (“... onde está ó inferno a tua vitória.”). Como Igreja ungida com o Óleo Santo, estamos confirmando nossa total confiança e dependência ao Deus vivo. Confiamos que: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.” ; “Pois, se Deus assim veste a erva do campo... não nos vestirá muito mais a vós...?”. Confiamos que, a paz que Ele nos dá, não no-las dá como o mundo. Cremos também que mil cairão a nosso lado e dez mil à nossa direita..., que retornaremos à casa do Pai; porque foi nos preparar um lugar.

Sobre a pedra angular, a pedra de esquina, a rocha eterna; fincamos a base da nossa fé. Em toda plenitude da Palavra somos um com Ele. Porque está escrito: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” (João 15:7).




Amém!

domingo, 6 de julho de 2008

O poder do nome de Jesus

“Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultas estas coisas aos sábios e instruídos e as revelastes aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mat.11:25-27).

O maravilhoso Senhor Jesus manifestando-se aos homens em carne, veio com autoridade do céu para desfazer (desmentir) as obras mentirosas do diabo.
O Senhor Jesus reconhece o Pai como Senhor do céu e da terra. Nós sabemos que o Senhor domina sobre tudo aquilo que lhe pertence.
As revelações do Senhor Deus nos são dadas não por mérito, mas por graça e misericórdia. Pelo reconhecimento de nossa pobreza de espírito recebemos dádivas e riquezas espirituais. Somos aquinhoados com pérolas celestiais com as quais vamos enriquecendo em conhecimento diante do Senhor. Porém, temos diante de nós um Sumo Sacerdote que intercede por nós, e, por quem o Senhor Deus se nos revela. Aquilo que recebemos e temos não é nosso; é dom de Deus.
Não nos pertence, logo não podemos reter. É necessário dar, assim como recebemos.
A verdade que liberta nos é revelada pelo Espírito Santo. Essa verdade não nos deixa confundidos, não nos deixa ter comichão nos ouvidos, não nos deixa ser levados por ventos de doutrina, não nos deixa ir após falsos mestres, não nos deixa ir por caminhos que parecem bom aos nossos olhos; mas cujo fim são os caminhos de morte.
A verdade que liberta nos dá visão espiritual. Com ela vemos o destruidor diante de nós como realmente ele é: pai da mentira. Vemos que tudo que vem dele é mentiroso, falso, irreal e enganoso.
Se pudermos ver o diabo como realmente ele é, então podemos desmascará-lo. O senhor Jesus desmascara e desmente o diabo quando nos faz um convite: “Tomai sobre vós o meu jugo...” (Mat. 11:29ª). Mas Jesus só pôde desmascarar o diabo; conhecendo a verdade, as escrituras, ao receber do Pai aquilo que lhe foi entregue: poder e autoridade.
Ao determinar o cumprimento dessas verdades joga por terra as inverdades deste mundo e nos convida a ser; um com Ele como Ele é um com O Pai.
Na inerrante Palavra de Deus, na divinamente inspirada Bíblia Sagrada temos a chave da nossa vitória. Mas essa chave está no meio de muitas outras (falsas). Precisamos de olhos espirituais para vê-las; assim como os tiveram nossos irmãos.
Descubramos essas chaves em Josué e Calebe, em Davi, Daniel e seus companheiros, Ester, José e Maria. Entre tantos, olhemos para esses.
ü JOSUÉ E CALEBE


No capítulo 13 do livro de Números acompanhamos a trajetória , a visão e a reação de doze homens.
Moisés inspirado por Deus escolhe um homem de cada tribo de Israel. O mandado de Deus é que sejam homens que estejam como maiorais sobre sua tribos. Logo, aqueles homens não eram qualquer um. Eram homens que naturalmente tinham virtudes e qualidades de liderança. Tinham linhagem destacada dentro da sociedade formada por sua tribo. Foram escolhidos certamente respeitando-se a hierarquia de liderança.Estimavam-nos como homens de coragem, decisão, sabedoria, e, acima de tudo; temor a Deus.
Durante 40 dias aqueles homens espiaram a terra de Canaã. Como Moisés lhes instruíra; a expiaram em todos os detalhes. Observaram o povo que nela habitava. Seu porte e sua quantidade. Observaram o solo e suas qualidades. Observaram as cidades e suas fortalezas. Observaram as arvores, os frutos. Esquadrinharam aquela terra e viram que era realmente muito boa; terra que manava leite e mel.
Porém tudo o que viram não foi suficientes para a aceitarem como uma dádiva do Deus vivo. Também observaram os homens que ali habitavam; homens grandes e em grande quantidade. O medo falou mais alto aos seus corações do que a voz de Deus. Quando se apresentaram diante de Moisés para lhe relatarem o que viram; já não eram unânimes em suas declarações.
Dez daqueles príncipes, receberam sobre seus ombros o jugo da derrota, da impotência, do descrédito. A mentiram lançada em seus corações de que eram poucos e fracos os havia contaminado. Foram derrotados antes mesmo de combaterem.
No entanto, dois deles conheciam o seu Deus e não aceitaram a mentira do diabo. Viram aquelas terras com olhos espirituais e em seus corações tomaram posse dela. Sobre seus ombros tomaram o jugo leve e suave da fé, da confiança; o que os levou a ver cumpridas em suas vidas as promessas do Deus de Israel.


ü DAVI

“Quem é ,pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (1Sam. 17:26).

Esta pergunta foi feita pelo pequeno Davi aos homens do exército de Israel que acuados e amedrontados ouviam já a 40 dias as ameaças de um homem filisteu chamado Golias. Este era apenas um homem; apesar de suas proporções físicas serem descomunais.
As armas do mentiroso diabo tem sido sempre essas: apresentar-se ao homem de uma forma assustadora. O seu jugo é esse; o da opressão.
Mas o jovem Davi conhecia e confiava no seu Deus.Davi carregava sobre seus ombros o jugo leve e suave das promessas do se Senhor. Ele havia sido escolhido e ungido para ser rei do seu povo.
ü Quando se posicionou diante de Golias para enfrentá-lo, Davi enxergou seu adversário com olhos espirituais. Ao meter a mão em seu alforje e ali pegar uma das pedras que havia recolhido do ribeiro por onde passara ao caminhar em direção a Golias, ao girar a funda; Davi era todo vitória. Não ia por si.Não ia por sua destreza na arte da guerra, por sua força física, por seu porte guerreiro (pois esses atributos ele não tinha). Ia sim, no nome do Senhor dos exércitos; que já lhe havia dado a vitória.
Davi desmascarou diante de todo Israel a mentira que era aquele derrotado filisteu chamado Golias.



ü DANIE, HANANIAS, MISAEL e AZARIAS

Vindos da linhagem nobre de Israel, foram levados cativos para a poderosa Babilônia. Desde o principio do cativeiro o diabo tentou enganá-los oferecendo a eles o melhor do reino Babilônico. Viver no palácio real, trajando roupas finas, comer das iguarias do rei, ser instruído em todo o conhecimento das leis e dos costumes dos Caldeus.O diabo investe pesado. A sua finalidade é sempre a mesma: afastar o homem de Deus.
A visão da cova cheia de leões ferozes e famintos, e, a visão da fornalha ardente aquecida sete vezes mais, não entraram pela retina dos olhos espirituais daqueles jovens. Daniel não se viu despedaçado por aqueles leões. Sadraque, Mesaque e Abe-de nego não se viram consumidos pelas chamas daquela fornalha. O que eles viram e sentiram, foi a mão de Deus sobre suas vidas.
A mão da justiça e das promessas Divinas não seria retirada. Estavam seguros e confiantes no jugo leve e suave que traziam sobre si.


ü ESTER

Das moças judias, foi eleita a mais formosa. Entre as escolhidas para desposarem o rei, foi a mais amada. Coroada rainha da Pérsia, não negou a origem do seu povo.
A artimanha da persuasão, a injúria, a traição, a conspiração; levaram-na a posicionar-se como povo escolhido de Deus.
No momento crucial pelo que passava seu povo; Ester não negou suas raízes. Não negando seu Deus; conclama o povo a juntar-se a ela em jejum e oração. Sua preocupação maior não era com sua própria vida. Antes, sua reação era de fazer justiça.
Ainda que com risco de vida, empenhar-se-ia para que seu povo continua-se vivendo a promessa de ser incontável como as estrelas do céu, como os grãos de areia do mar.
Seu povo não pereceria pela artimanha do adversário. As promessas de seu Deus não deixariam de ser cumpridas.
Ester também não se deixou sobre-carregar com o jugo da mentira. O poder de vida e morte que havia na autoridade do rei, a influência maligna de Hamã; não a intimidariam, nem lhe tirariam a visão da promessa. Ester também preferiu o jugo leve e suave do Deus de seus pais.



ü JOSÉ E MARIA

“Salve, agraciada; ...” (Luc.1:28). Eu te saúdo; muito favorecida. Dessa maneira; passados seis meses que anunciara ao profeta Zacarias e a sua esposa Isabel que os filiaria com aquele que viria a preparar o caminho do Senhor; o anjo Gabriel agora se manifesta a jovem Maria.

Desposada de José; varão da raiz de Davi, mas sem ainda ter consumado essa união, a jovem Maria; ainda virgem, recebe a noticia de que fora achada em Graça diante de Deus. Ela geraria e daria a luz ao filho do altíssimo, ao Salvador do mundo.
Todo o inferno se alvoroça e são mobilizados todos os demônios para tentarem o impossível: impedir o agir da vontade do Senhor Deus.
A mentira que foi lançada ao coração de José para fazê-lo crer ter sido traído por sua jovem esposa; não prosperou. A mentira que fez Herodes achar-se ameaçado e a seu trono; pela vinda do Rei dos reis, não alcançou o menino Jesus.
A tentação no deserto que durante 40 dias e 40 noites Ele teve que travar, só serviu para fortalecer O Senhor Jesus diante do diabo.
As mentiras, as artimanhas, as ciladas dos fariseus e dos principais da sinagoga. A reação da ingrata Jerusalém recusando seu maior profeta, a arrogância confusa do orgulhoso Pilatos. Todo esse jugo satânico foi incapaz de evitar a derrota total do diabo; que foi esmagado pelo poder do Nome do Senhor Jesus Cristo.
Nem mesmo a morte que até então dominava os homens foi capaz de vencer O Cristo vivo. “Tragada foi a morte na vitória” (1cor. 15:54-b). A mentira foi desmascarada. Tomemos hoje sobre nós o jugo leve e suave do Senhor Jesus.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Porque a serpente?

Porque a Serpente?

Essa interrogação veio a minha mente exatamente no dia em que recebi pelo correio, um livro do Pr. Silas Malafaia endereçado a minha esposa, oferecido pela passagem de seu aniversário, cujo título é: VENCENDO AS TENTAÇÕES.

Dentre algumas passagens citadas pelo autor, fixei-me na citação a ADÃO e EVA; o primeiro casal e a tentação que eles não puderam vencer.
De uma maneira que creio ter vindo da parte do ESPÍRITO SANTO, atraiu-me a descrição do animal usado pelo diabo para influenciar de maneira destrutiva no projeto do SENHOR DEUS em relação ao repovoamento desse planeta o qual hoje chamamos TERRA.
O ESPÍRITO SANTO inspira Moises; o autor de GENESIS, a registrar no vers. 1 do capítulo 3 : “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que DEUS disse: Não comereis de toda árvore do jardim ?”

Para melhor entender-mos o assunto e consequentemente conhecermos a resposta à nossa interrogação inicial, vamos buscar no dicionário da língua Portuguesa o real significado da palavra serpente: cobra, réptil (que se arrasta desprovido de pés, de pernas e de abertura de ouvido, dotado de língua bífida, olhos imóveis desprovidos de pálpebras).
Voltemos agora ao vers. 1 do capítulo 3 de GENESIS e vamos esmiúçá-lo se possível palavra por palavra, afim de que nada nos passe despercebido.
Lembremo-nos de que a serpente que foi influenciada pelo diabo, foi feita pelas mãos do SENHOR DEUS: “Havendo, pois, o SENHOR DEUS formado da terra todo animal do campo e toda ave do céu, os trouxe a Adão, para este ver como lhe chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda alma vivente, isso foi o seu nome.” (Gen. 2:19).
É interessantíssimo notar que Adão conhecera de antemão a serpente; sendo ele o responsável por ela ter recebido esse nome. Concluímos assim que a serpente não veio com o diabo de fora para dentro do Édem, mas que ela se encontrava dentro do jardim vivendo harmoniosamente com os outros animais, assim como com o primeiro casal.
Eva foi criada após a criação dos animais (Gen.2:21, 22), portanto ela também conheceu a serpente como um animal manso e integrado ao processo harmonioso da criação.

De volta a Gen. 3:1 -: Ora, a serpente era mais astuta... A palavra astuta significa: que tem habilidade para enganar ou usar artifícios, esperteza, sagacidade. Ou seja: é ágil, inteligente, capaz, influenciador. E não apenas astuta, mas, MAIS astuta; ou seja: em maior intensidade.

O diabo reconheceu na serpente um diferencial com relação aos outros animais. Essa naturalmente como compensação pela sua forma física (o que seria naturalmente usado para sua própria existência) tinha atributos e qualidades que foram percebidas pelo diabo.
Lembremo-nos que estamos falando de um ser espiritual maligno e dotado de grande capacidade no que se refere ao conhecimento das características da personalidade humana. Portanto sabedor dos caminhos e atalhos que levam a alcançar sorrateiramente o interior dessa personalidade.

No Édem, o primeiro casal vivia em estado de plena comunhão com o CRIADOR. Logo, não havia neles a presença do sentido aguçado da auto-preservação. Sentido esse que viria com a sentença de destituição de seus direitos com relação à posse e uso fruto do JARDIM DO ÉDEM.

M
as, porque a serpente? Nossa finalidade através desse estudo não é questionar a ESCRITURA SAGRADA, menos ainda entrar pelo caminho especulativo que leva “as questões loucas”, como escreveu o Apóstolo Paulo a Tito (Tito 3:9). Muito pelo contrário, nossa intenção sincera é de que todo aquele que se mostra interessado em receber toda boa-instrução, seja levado à revelação daquilo que não pode ser percebido através da leitura literal, acadêmica, fria e racionalmente humana.

Estamos falando de REVELAÇÃO DIVINA. Ainda do Apóstolo Paulo, recebemos a seguinte boa-instrução: “... querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de CRISTO, até que cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levado em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.” (Efésios 4:12,13,14).
... Querendo o aperfeiçoamento dos santos... , isso significa: aproximar da perfeição, trazer melhoramento, apurar, aprimorar, desenvolver. Ou seja, estarmos enquadrados dentro do PLANO DIVINO DE alcançarmos a estatura de varão perfeito, a unidade da fé, ao conhecimento do Filho de DEUS (a Palavra), à medida da estatura completa de CRISTO (conhecimento total daquilo que nos é revelado pelo próprio DEUS).

“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.” (Rom. 11:25).

Paulo lutou como um destemido para levar a Igreja de CRISTO ao conhecimento da verdade. Não a verdade da letra, mas, a verdade inspirada pelo relacionamento intima com o ESPÍRITO SANTO, movido pelo desejo inquebrantável de caminhar na direção apontada pela misericórdia do SENHOR, ao homem caído, mas não vencido, afim de que este venha alcançar a totalidade do desejo do coração de DEUS, no momento em que Este moldava o homem com Suas próprias mãos.
O apóstolo Pedro escreveu em sua primeira carta, no capítulo 1º vers. 9: “... alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma.” Logo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, Pedro revela a promessa da salvação da alma, através da fé.

A fraqueza do primeiro casal diante da investida de satanás, é o que nos motiva a persistir e prosseguir em direção a resposta ao grande mistério contido na escolha feita pelo diabo em usar a serpente como instrumento de sedição no jardim do Édem.

Não havia outra forma em que o diabo pudesse entrar no Édem, que não fosse esgueirando-se, arrastando-se. Pela sua própria condição de anjo decaído, via-se impossibilitado de apresentar-se perante a criação de DEUS senão da maneira mais subjuntiva possível. Porquanto, sujeito estava à vontade soberana de DEUS.
Procurando entre as alimárias do campo, encontrou na serpente os atributos nescessários para manifestar-se: artimanha, habilidade em enganar e aproximar-se sem ser percebida.
Com certeza esses atributos foram revelados a Moises pelo ESPÍRITO SANTO para que este fizesse a analogia entre o diabo e a serpente.
Em Gen. 1: 3 a 31 e 2: 1 a 3 , observamos o vácuo de tempo estabelecido entre os vers. 1 e 2 de Gen. Cap. 1 . Observemos o que diz a SAGRADA ESCRITURA: “E disse DEUS: Haja luz”. E houve luz. E viu DEUS que era boa a luz; e fez DEUS separação entre a luz e as trevas. E DEUS chamou a luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã: o dia primeiro. E disse DEUS: haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. E fez DEUS à expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão. E assim foi. E chamou DEUS a expansão Céus; e foi a tarde e a manhã: o dia segundo. E disse DEUS: Ajunten-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca. E assim foi. E chamou DEUS à porção seca terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares. E viu DEUS que era bom.E disse DEUS: Produza a terra erva verde,erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie e árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie. E viu DEUS que era bom.E foi a tarde e a manhã: o dia terceiro. E disse DEUS: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para alumiar a terra. E assim foi. E fez DEUS os dois grandes luminares: o maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. E DEUS os pôs na expansão dos céus para alumiar a terra, e para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu DEUS que era bom. E foi a tarde e a manhã: o dia quarto. E disse DEUS: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus. E DEUS criou as baleias, e todo réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as sua espécies, e toda ave de asas conforme a sua espécie. E viu DEUS que era bom. E DEUS os abençoou, dizendo: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra. E foi a tarde e a manhã: o dia quinto. E disse DEUS: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi. E fez DEUS as bestas-fera da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo réptil da terra conforme a sua espécie. E viu DEUS que era bom. E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou. E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse DEUS: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento. E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi. E viu DEUS tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã; o dia sexto”.
Ainda em Gen. 2: 1 a 3 : “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exercito foram acabados. E, havendo DEUS acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou DEUS o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que DEUS criara e fizera.”

Em sendo assim, conforme o texto citado acima, compreendemos o sentido do Vers. 2 de GEN. 1 quando diz: “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o ESPÍRITO DE DEUS se movia sobre a face das águas.” Logo, a explicação pela descrição deste versículo está entre a criação da Luz (a apresentação da Pessoa do SENHOR JESUS – O FILHO) e o sétimo dia sendo abençoado e santificado (já aqui, pré-determinando a derrota total e incondicional do diabo; revelada nas palavras ditas a Pedro e registradas em Atos 10: 15).

E
stou inclinado a crer que antes de Adão e Eva, o SENHOR já havia tentado estabelecer na terra a existência do homem vivendo segundo a sua vontade. Posso me basear mais precisamente a partir do 5º dia da criação, descrito em Gen.1:26 a 28: “E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou. E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que se move sobre a terra.”
Acompanhando esse texto, observamos as seguintes características:
1- A imagem e semelhança do DEUS TRINO (PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO).
2- Dominador (superioridade sobre as feras)
3- A companhia da fêmea (intenção de multiplicação)
4- Povoar a terra (continuidade)
5- Sujeitar e dominar todos os animais (seres irracionais)

Para esse primeiro homem, estava reservada a sobrevivência totalmente na dependência da provisão de DEUS. “E disse DEUS: “Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda àrvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento”. E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.” (Gen.1:29,30)


DEUS, como podemos ver, isentou esse homem do trabalho braçal. Porém estabeleceu a natureza bravia dos animais; ao mesmo tempo em que garantia ao homem a condição de dominador.

Mas porque será que nesta primeira criação os animais eram ferozes e sendo assim; perigosos? Encontro a resposta em Gen. 1:2 “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o ESPÍRITO SANTO DE DEUS se movia sobre a face das águas.”
Quando medito no real sentido da palavra trevas; entendo-a como: a presença do diabo na terra. Já antes do primeiro processo de criação do homem.
Como? Examinemos a PALAVRA em Isaias 14: 10,15: “Estes todos responderão e te dirão: Tu também adoeceste como nós e foste semelhante a nós. Já foi derribada no inferno a tua soberba, com o som dos teus alaúdes; os bichinhos, debaixo de ti, se estenderão, e os bichos te cobrirão. Como caíste do céu, ó estrela do amanhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitava as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e acima das estrelas de DEUS, exaltarei o meu trono,e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.”
Do céu, o diabo é lançado à escuridão (trevas). Um vagar pelo nada, durante um tempo o qual não podemos determinar. É trevas ainda quando O TODO PODEROSO determina : “Haja luz. E houve luz.” (Gen. 1: 3).
Como trevas; é tragado pelo processo da criação. Primeiro como espectador, depois como exilado. Observamos em Apoc. 12: 2 a 4 : “E estava grávida e com dores de parto e gritava com ânsias de dar a luz. E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.”
O grande dragão vermelho (o diabo). Descrito no livro do Profeta Ezequiel como aquele que vivia em lugar de honra; servindo diante do SENHOR: “... Assim diz o SENHOR JEOVÁ: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Édem, jardim de DEUS; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turqueza, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de DEUS estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de DEUS e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas.” (Ez. 28: 12 a 16).
Aquele que compartilhava da intimidade e da confiança do DEUS TODO PODEROSO, e que exercia sobre seus pares a honra de liderar; um dia achando-se semelhante a Este, ursupou ser superior ao seu CRIADOR.
O diabo vagando errante por entre trevas infinitas; testemunha a criação do Planeta Terra e assenhoreia-se aos poucos do primeiro homem e das primitivas alimárias (Gen. 1: 24 a 27).


Assim encontramos a explicação e entendemos a condição de feras encontrada nos animais, como também do desejo do SENHOR DEUS de exterminar o planeta lançando o diabo como prisioneiro entre pedras afogueadas.
Dessa maneira podemos entender o conhecimento que o diabo tinha com relação às características e instintos da serpente.

T
udo o que o SENHOR DEUS fez e faz é perfeito “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.” (Tiago 1: 17).
Estou convencido que esta natureza agressiva, feroz e muitas vezes fatal existente em certos animais; é parte do plano do diabo no sentido de manter o homem acuado e limitado diante de, e, durante sua breve passagem por esta terra.
Algumas passagens registradas na Bíblia Sagrada me fazem caminhar por essa linha de pensamento; confirmando e confortando-me quanto a estar sendo agraciado com revelações da parte do SANTO ESPÍRITO DO SENHOR. De sorte que, nos voltamos ainda uma vez a SANTA PALAVRA para que possamos continuar nossa caminhada bem fundamentados e firmemente alicerçados; não em nosso tênue entendimento, mas amparados na ROCHA; que é CRISTO.

DEUS, segundo sua vontade soberana; algumas vezes durante essa longa jornada do homem sobre a terra, manifestou seu poder infinito sobre toda criatura, sobre toda criação, e, inclusive sobre o diabo; para alterar o curso da história naquilo que era o desejo de Seu coração e segundo o seu propósito para a continuidade da existência da vida sobre este planeta chamado por nós de Terra. Dentro dessa vontade, o SENHOR usou homens, astros celestes, manifestações da natureza, animais; enfim; tudo aquilo que lhe apetecesse.

Noé foi um desses homens em quem O SENHOR DEUS achou graça diante de Seus olhos e o tomou para que através dele; a Sua vontade fosse manifesta: Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR.” (Gen. 6:8)

“Depois, disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração. De todo animal limpo tomarás para ti sete e sete: o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois; o macho e sua fêmea. Também das aves dos céus sete e sete: macho e fêmea, para se conservar em vida a semente sobre a face de toda a terra.”

Se, como já vimos anteriormente; as alimárias da terra influenciadas pelo diabo; segundo a sua espécie; eram algumas delas verdadeiras feras, com instintos predadores e às vezes até assassinos com relação ao homem; então entendemos claramente o agir de DEUS sobre esses animais, ao retirar de sobre eles a influencia maligna do diabo e condicionando-os ao estado de mansidão e obediência ao homem (Noé e sua família); afim de que esses os pudessem embarcar na arca. E durante longos dias, pudessem manter dentro de um espaço que não era tão generoso; (em virtude da quantidade de animais que nós podemos imaginar que foram colocados, cada qual em seu compartimento) um relacionamento de perfeita sintonia e até; porque não dizer:comunhão.

Encontramos também o obediente e sábio Daniel sendo honrado pelo seu DEUS, num momento em que sua vida corria grande perigo. Não só de sobrevivência física, mas também em relação ao cumprimento da Palavra do próprio DEUS em honrar seus servos fiéis: “E, será que, se ouvires a voz do SENHOR, teu DEUS, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que te ordeno hoje, o SENHOR, teu DEUS, te exaltará sobre todas as nações da terra.” (Deut. 28:1).
Por conhecer e viver esse mandamento do SENHOR, Daniel se vê injustamente acusado e sendo mandado à execução. Ainda que contrariado e sabendo ter sido manipulado; o rei Dario não tem como revogar seu decreto (humano). E Daniel é levado para ser lançado ainda vivo numa cova subterrânea cuja abertura ficava na parte superior (naturalmente rente ao solo). Dentro desta cova; uma quantidade não precisa de leões que ali eram deixados por muitos dias sem qualquer tipo de alimentação; até que algum condenado ali fosse lançado; servindo assim de repasto para essas feras.
“O meu DEUS enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele”... (Dan. 6:22).
Creio firmemente em um DEUS que foi capaz de retirar de sobre aqueles animais, o jugo assassino do diabo. O espírito da morte tem inúmeras faces, e seu príncipe; o diabo como já dissemos tem também nos animais um instrumento de instintos destrutivos para seu uso.
Não entendo que aqueles leões tenham sido amordaçados ou que suas mandíbulas tenham sido travadas. Ao contrário; creio sim; como já disse: DEUS tem controle total e incondicional sobre o diabo e suas artimanhas.
Com certeza Daniel ao ser lançado naquela cova, tinha como consolo; a certeza de sua fidelidade ao único DEUS. Penso também que, trazia ele naqueles derradeiros momentos, a lembrança de seu três companheiros de cativeiro: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Esses também foram provados na sua fidelidade ao seu DEUS e venceram o fogo.


D
entro da verdade absoluta e incontestável que pela nossa fé cremos existir na Palavra de DEUS (a Bíblia Sagrada); estamos vendo o quanto o diabo encontra nessa terra de vivente e desde os primórdios; condições de se esgueirar e infiltrar-se, em tudo o que faz parte da criação de DEUS; a fim de continuar seu ato desatinado de rebeldia ao ETERNO CRIADOR.
Trazendo consigo legiões de seguidores igualmente rebeldes e destituídos da oportunidade de salvação (ao contrário do homem), satanás sempre esteve na terra. E durante todos esses milhões de anos, tem incansavelmente trabalhado para arrastar consigo o maior número possível ao abismo que lhe está reservado e do qual ele sabe ser impossível escapar.


Encontro em Gen. 2 , a partir do vers. 4 , DEUS no processo de recriação do homem que ele havia elegido para governar sobre essa terra. Observe: “Estas são as origens do céu e da terra, quando foram criados; no dia em que o SENHOR DEUS fez a terra e os céus. Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o SENHOR DEUS não tinha feito chover sobre a terra, e” não havia homem para lavrar a terra”. (Gen.2:4,5)
Ora; em Gen.2:3 vemos DEUS abençoando e descansando de toda obra que fizera (e o nosso DEUS não faz nada incompleto). Acima, lemos que: “Toda planta do campo ainda não estava na terra...”.
Em Gen.1:30-b vemos o SENHOR declarando: “toda erva verde lhes será por mantimento”. Acima, lemos que: “... e toda erva do campo ainda não brotava...”.
Acima lemos: “... porque ainda o SENHOR DEUS não tinha feito chover sobre a terra...”. Será que o DEUS que é Único, Onipotente, Onipresente, Onisciente, sumo arquiteto de todo universo; se esqueceria da chuva que rega a terra; que abastece as fontes deágua; que é o resultado do vapor formado pelo aquecimento da terra pelo sol e que se represa nas nuvens no céu?
Ainda mais, lemos acima: “... e não havia homem para lavrar a terra...”. Onde está então o crédito da Palavra do SENHOR que lemos em Gen.1:26 a 30 ?


Encontrando base Bíblica para crermos que em Gen.2:4 em diante, começa o registro de recriação do homem do coração de DEUS, começaremos a entender o motivo de nossa indagação inicial e verdadeiro motivo deste estudo: Porque a serpente?
O descrito em Gen.2:5 nos revela que houve realmente uma geração de homens e mulheres anteriores a Adão e Eva. A falta de toda planta do campo, o não brotar de toda erva, a ausência de chuva e a falta do homem para lavrar a terra; indicam que houve o juízo condenatório e destrutivo de DEUS sobre toda uma geração.

Que revelação maravilhosa e digna de glorificar-mos o nosso DEUS, recebemos em Gen. 2:6 : “Um vapor, porém, subia da terra e regava toda face da terra.” Indicativo de chuva: o vapor que sobe da terra, formando um conjunto de partículas muito finas de água em estado liquido ou sólido (gelo), mantidas em suspensão na atmosfera por movimentos verticais do ar, e cuja saturação pode causar a chuva ou a neve.
A água: o simbolismo da vida, da qual o próprio CRISTO testificou: “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de DEUS.” (João 3:5).

E desce o TODO PODEROSO do Seu trono de Glória e recolhe do elemento da terra a matéria prima para sua mais excelente obra prima: “E formou o SENHOR DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; o homem foi feito alma vivente.” (Gen.2:7).
Nem ouro, nem prata, nem urânio, nem titânio; nada. Do pó da terra surge a recriação da alma encarnada. Prenunciação do Verbo (A PALAVRA) que se faria carne; O SALVADOR DO MUNDO.
Em suas narinas, o homem recebe pelo “sopro” de DEUS, a essência da vida; o fôlego. O Espírito do CRIADOR anima a criação. Agora o homem não é somente “à imagem e semelhança...”. Agora estão ligados pela TRINDADE do DEUS UNO: O PAI (Criador), O FILHO (prenúncio do VERBO ENCARNADO) e O ESPÍRITO SANTO (a eternidade).

Nesse momento, para nós, fica clara a revelação do processo de recriação do homem sobre a face da terra.
Estamos falando do DEUS TODO PODEROSO. Do criador dos céus e da terra. Do criador de todo ser que respira. Do DEUS que nunca perdeu e jamais perderá batalha alguma. Porque todas as coisas estão sujeita a sua vontade: “Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que sujeitou todas as coisas” (1 Cor. 15:27).

O processo de recriação é a VONTADE SOBERANA DE DEUS sendo expressa em toda sua autenticidade. É um decreto Celestial que não pode ser revogado.
Pela VONTADE PERMISSIVA DE DEUS, o diabo conseguiu e consegue interferir em nosso relacionamento com DEUS. Mas servindo ao DEUS de novidade, entendemos que agora, ao recriar o homem e a mulher, DEUS está se dirigindo ao diabo e dizendo: Não importa o quanto você resista. Não importa o quanto você possa protelar. Fostes destituído do Meu Reino e da Minha Glória.
Embora tenha conseguido contaminar e levar ao extermínio a primeira criação. Embora (como veremos) consiga também atingir e contaminar essa segunda criação; o diabo sabia que haveria uma terceira criação. Essa, porém inatingível; porque gerada pela Incorruptível Palavra de DEUS; Na Pessoa de Seu Filho: O SENHOR JESUS CRISTO. “Porque assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO.” (1 Cor. 15:22).
“Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão, em espírito vivificante” (1 Cor. 15:45).


E plantou O SENHOR DEUS um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado” (Gen. 2:8 ).
Por zelo à Sua criação, o SENHOR DEUS agora prepara um lugar “na terra” onde o possa colocar. Tem amor por esse ser. Fê-lo à Sua imagem e semelhança. O quis separado, porque sabe que o príncipe rebelde está ao derredor; “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5:8).

O Jardim do Éden descrito na Bíblia é para o novo homem, um lugar de separação. Nesse lugar especial, ele seria cercado dos bens do SENHOR. Ainda que sendo na terra como a conhecemos; vai haver ali todo um diferencial da parte do SENHOR DEUS. É certo que ao contrário do primeiro homem, esse terá a incumbência de lavrar e cuidar desta terra. (Gen.2:15).
No entanto esse Adão não viverá em inimizade com as alimárias. Muitas árvores boas terá a sua disposição. Seu regime alimentar será diferenciado; confirmando o desejo de DEUS em fazê-lo integrado com o meio ambiente. Dotado de inteligência, é-lhe concedido o poder de decisão. Como ser racional caberá a ele escolher entre viver eternamente ou não.
O texto sagrado registra: “E o SENHOR DEUS fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal.” (Gen.2:9).

“... e a árvore da ciência do bem e do mal.” Um adendo da parte do SENHOR para um projeto especial. Um desejo de renovo sendo resguardado pelo conhecimento do SENHOR, da natureza do homem: “E ordenou o SENHOR DEUS ao homem dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comerdes, certamente morrerás.” (Gen.2:16, 17).

A
dão é dotado de grande inteligência; recebendo incumbências, fazendo-se participante ativo em parte do processo de criação: “Havendo, pois, o SENHOR DEUS formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda alma vivente, isso foi o seu nome”. (Gen.2:19).

Formando da terra todo animal do campo inclui-se no meio de toda alimária; a serpente.
O Éden, no entanto não é uma nova terra em se falando de planeta. Vimo-lo como um jardim separado (plantado), inclusive com localização exata: “E plantou o SENHOR DEUS um jardim no Éden, da banda do Oriente...” (Gen.2:8).
Como “banda do Oriente”, identificamos-o próximo da planíce aluvial do rio Tigre (na Bíblia “Hidéquel”) e do rio Eufrates. O que nos nossos dias corresponderia ao atual Iraque.
O texto sagrado comprova o Éden como sendo um jardim nesta terra, e não como uma nova terra. Recorramos ainda uma vez a nossa fonte de sabedoria eterna: a BIBLIA: “... O senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora formado.” (Gen.3:23).
Ora, aqui vimos Adão e Eva sendo lançados para fora do jardim. Sem muito esforço mental, concluímos que ser “lançado fora” implica ser lançado de um lugar para outro. Significa estar “guardado, protegido” e logo após perder essa condição; passando então a estar “à vista, desprotegido”.
Outro texto Sagrado nos dá essa confirmação: “E saiu Caim de diante da face do SENHOR e habitou na terra de Node, da banda do Oriente do Éden” (Gen.4:16).
Saindo Caim da face do SENHOR, ele teve para onde ir. Logo o local onde ele foi concebido por seus pais, cresceu e cometeu o crime de assassinato; não era um lugar à parte dentro do Éden; mas uma parte apenas do grande mundo que havia a sua volta.
Não é tão difícil de entender que esse mundo além Éden, fosse habitado. Ou seja; havia a presença do homem e sua mulher; além da do casal do Éden.
“E conheceu Caim sua mulher, e ela concebeu...” (Gen.4:17). Caim conheceu sua mulher quando essa habitava uma terra que ficava ao Oriente do Éden. Uma mulher adulta; logo que, naturalmente pertencia ela a um grupamento de pessoas, uma aldeia.
Confirmando através dos textos Sagrados a existência de vida humana extra-jardim do Éden, entendemos também que com certeza toda aquela geração de homens e mulheres estavam vivendo sob o jugo do reino de satanás. É tudo uma questão não apenas de revelação DIVINA, como também de comprovação textual; uma vez que como já vimos, o jardim do Éden foi criado por DEUS justamente para haver uma separação entre o homem e o homem.
O grande amor do SENHOR DEUS por sua criação (a Sua Imagem e Semelhança), o fez desejar refaze-lo em estado de pureza e inocência. Por Sua característica maior em ser DEUS, ou seja, Amor e Santo em seu grau mais puro de expressão, não seria coerente que viesse da parte do CRIADOR o extermínio total e completo do homem nesta terra. Até porque, no coração de DEUS sempre haverá o desejo de que o homem em sua condição de ter um DEUS cuja vontade é soberana, mas também permissiva; virá a se voltar arrependido em direção ao seu CRIADOR.
Não me parece ser uma utopia essa nossa declaração, uma vez que temos em Nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO, o caminho para esse reencontro. Digo isso não apenas na glória, mas também e ainda nesta terra; através do arrependimento sincero expressado por um coração quebrantado.

O
príncipe das trevas continuava vagando sobre a terra e influenciando o coração do homem. Mantendo domínio sobre toda alimária, expressando seu espírito de violência e morte. A serpente está presente neste ambiente de sobrevivência, onde predominam a força, inteligência e astúcia. Os instintos animalescos de satanás a fazem dotada de capacidades dissimulativas.
Esse instinto será levado para dentro do Éden com a anuência do casal; motivados pelo dom de decisão que lhes fora dado pelo CRIADOR através da recomendação que lhes fora feita: “E ordenou O SENHOR DEUS ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gen.2:16,17).
“... porque no dia em que dela comeres...”; esse é o dom de decisão que foi dado ao casal. DEUS em sua infinita sabedoria, sabia que esse dia poderia chegar. Conhecia o diabo e o desejo que esse tinha em igualar-se ao seu CRIADOR. Sabia-o um espírito dominado pelos mais perversos instintos: cobiça inveja, mentira, rebeldia.
O SENHOR DEUS sabia, é claro, que o diabo mesmo do lado de fora, espreitava o casal e procurava oportunidade para destruir-los.
Quando coloca a “árvore da ciência do bem e do mal” (Gen.2:9), no Éden, DEUS está mostrando que há o “conhecimento”. Quer dizer: o homem dotado de inteligência irá descobrir muitas coisas. A cada dia, seu instinto será levado a impulsioná-lo a experimentar o “novo”. Esse “novo”, nem sempre o levará a sensações agradáveis. O conhecimento incorre a uma vertente. Por isso, o termo: “... do bem e do mal...”.
DEUS apresentou ao homem aquilo que o levaria a viver abundantemente bem: “E O SENHOR DEUS fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim...” (Gen.2:9). Aquilo que poderia e deveria atrair o olhar do homem. O que lhe serviria de alimento. O que lhe garantiria a vida eterna.
O homem recebeu a boa instrução para que com ela vivesse bem e eternamente. Enquanto a observasse, estaria resguardado. Ouviu a boa PALAVRA DO SENHOR, e, enquanto só a Ela desse atenção, estaria protegido.
Santificar seus olhos e ouvidos seria para o homem a certeza de viver sempre À SOMBRA DO ONIPOTENTE.
A serpente habita harmoniosamente dentro do Éden. Seus instintos estão direcionados a convivência com o homem. Enquanto este tiver prazer em viver na dependência do SEU CRIADOR, ela será para ele mais uma companhia.
O homem é observado e visto em carência afetiva. Seu CRIADOR deseja vê-lo feliz, e por isso apressa-se em suprir-lhe essa necessidade: “E disse DEUS: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gen.2:18).
Mais uma vez, destacamos que DEUS conhece muito bem o diabo, e sabe onde este pode encontrar brechas no coração do homem. A solidão de Adão junto com a observação que este fazia do comportamento de toda alimária; o poderia levar a “àrvore do conhecimento...”. DEUS ama esse homem e o quer como diferencial. A adjutora viria “como”; ou seja; na qualidade de companheira; ao lado dele.
No Éden, o casal vive em estado de inocência. São companhia um do outro. Há no coração de DEUS o projeto de fazê-los multiplicar: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gen. 2:24). Deixar “pai e mãe” implica em multiplicidade.
No entanto, vivem uma vida de plena e íntima comunhão com DEUS: “E ouviram a voz do SENHOR DEUS, que passeava pelo jardim pela viração do dia...” (Gen.3:8-a). Há comunhão diária entre O SENHOR DEUS e sua criação no Éden. Existe diálogo, interesse no dia-a-dia, preocupação. Um canal de ligação é estabelecido, e DEUS vela em mante-lo, e, mais do que isso; em aprimorá-lo. É do SENHOR a iniciativa em manter tal contato: “E chamou o SENHOR DEUS a Adão...” (Gen.3:9-a). Preocupava-se O SENHOR diariamente com o que se passava no jardim do Éden. A experiência da revolução havida no céu; o fazia zelar ainda mais pela integridade moral de Adão e Eva. Exercendo com Sua presença o domínio do espírito, da alma e da carne do homem, O SENHOR o encaminha em direção à eternidade. A pureza da natureza do homem existia: “E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam” (Gen. 2:25). Isso dava a eles a condição de ter a mesma natureza DIVINA do PAI. Tão intimamente ligados, não havia neles o estado de “separação de DEUS”. Não havia o “pecado” com sua conseqüência: a morte (“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida eterna, por CRISTO JESUS, nosso Senhor” – Rom. 6:23).

O diabo espreita toda terra. Todo ser que respira está sujeito a sua maligna influência. O servo mais obediente, o mais intenso adorador. Aquele que se esforça em manter-se o mais diligentemente possível em vigilância; como o mais perseverante em rogos, jejuns e orações. Todos são incessantemente perseguidos e tentados a aceitarem suas sugestões mais pérfidas.
Jó, foi alvo de seus ataques; ainda que desfrutasse da total confiança do SENHOR DEUS; que o conhecia: “E vindo um dia em que os filhos de DEUS vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. Então, o SENHOR disse a Satanás: de onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR e disse: de rodear a terra e passear por ela. E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu o meu servo Jô? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a DEUS, e desviando-se do mal. Então, respondeu Satanás ao SENHOR e disse: Porventura, teme Jó a DEUS debalde? Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e tudo quanto tem? A obra de sua mão abençoaste, e o seu gado está aumentando na terra.” (Jó 1: 6 a 10).
O diabo buscou na obediência e consequentemente prosperidade de Jó, um argumento para afligi-lo (ainda que não sem antes obter a permissão de DEUS). No entanto tal permissão lhe foi concedida porque O SENHOR conhecia seu servo jó. Sabia que sua fidelidade poderia ser colocada em prova.
Também ao SENHOR JESUS, o diabo tentaria: “Então, foi conduzido JESUS pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”. (Mat. 4:1).
O projeto de satanás e destruir por completo todos os projetos e realizações do SENHOR DEUS. Sabemos que isso é impossível, e o diabo também sabe disso. No entanto, trabalha ininterruptamente para levar consigo o maior numero possível de almas ao destino que lhe está reservado: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo sempre”. (Apoc. 20:10).
Através dos dois últimos textos acima citados, vemos que o casal do Éden também estava sujeito às investidas do inimigo de DEUS.
E ele investiu. Em algum momento; numa fração de milésimo de segundo, ele percebeu no coração do homem um sinal de interrogação. Vigiando; como o predador sondando sua presa; percebeu em algum momento, na mente da mulher a brecha causada pela ociosidade (diagnóstico ainda hoje encontrado em tantos de nós).
Eva se encontrava próxima à árvore plantada no meio do jardim: “... a árvore da ciência do bem e do mal.” Não deveria estar ali. Ao afastar-se da PALAVRA DE DEUS que os recomendara a respeito daquela árvore, distanciou-se do projeto de eternidade que a ela estava reservado.
Eva permite que entre em seu coração a semente do maligno, injetada na personificação da dúvida. Ao dar ouvidos à voz estranha (não era a de DEUS ou de Adão), permite-se interrogar a respeito da VONTADE SOBERANA DE DEUS.
Ouve a voz do diabo: “E esta disse à mulher: É assim que DEUS disse: Não comereis de toda árvore do jardim?”. (Gen.3: 1b). Ora, o diabo é mentiroso pela sua própria natureza decaída: “Vós tende por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (João 8:44).
Eva sabia a verdade: “E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse DEUS: não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.” (Gen.3:2). O que Eva fez naquele momento, foi uma escolha.
Ainda que em desobediência, e próxima a árvore plantada no meio do jardim; poderia ter se lembrado da promessa de eternidade e se afastado; não dando ouvidos à serpente.
Eva escolheu o novo, o desconhecido. Diríamos hoje que ela pagou para ver.
Ao ouvir a serpente, desprezou a paternidade DIVINA, entregando-se a condição de escrava do pecado. E como tal, por ele seria usada para induzir seu companheiro ao mesmo erro: fatal e irreversível.
Encontramos nesses diálogos, evidentes características de instintos que foram dados pelo próprio diabo à serpente; para sua sobrevivência na terra dominada por ele: habilidade em enganar, artimanhas, disfarces e artifícios fraudulentos.
Pelo seu porte físico, sua habilidade de se mover sem ser notada, sua arte dissimulatória no momento da aproximação; a serpente foi escolhida pelo diabo para chegar até a mulher. Tão rápida e inesperadamente, que esta não teve tempo de negar-se ao princípio de diálogo. Sua curiosidade, movida certamente pela ociosidade; foi para ela fatal.
Cedendo ao diálogo com a serpente, Eva prepara para si e para Adão, o caminho para o exílio.
Desprezariam a graça a eles concedida ao serem escolhidos pelo próprio SENHOR DEUS como projeto embrionário do reprocesso da criação; advindo do coração do DEUS DE NOVIDADES E RECOMEÇOS.


Quando falamos da serpente, a imaginamos da única forma física como a conhecemos: uma cobra se arrastando. Deslocando-se em movimentos de ziguezague. Vivendo em tocas. Orientando-se por sensores capazes de identificar o calor do sangue de suas vítimas. Comendo desde pequenos roedores até animais de grande porte (dependendo da sua espécie). Atacando o homem geralmente como ato de defesa própria. Vivendo tanto no solo, como em árvores ou sob a água.
No entanto, a Bíblia Sagrada nos revela a serpente de outra forma: “Então, o SENHOR DEUS disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida.” (Gen.3:14).
O SENHOR DEUS está neste versículo proferindo uma sentença; como castigo pela atitude da serpente. Ao maldizê-la O SENHOR a está condenando não apenas a ser mais maldita do que todas as bestas feras que existiam sobre a terra (além Éden), como também está condenando-a a daí por diante precisar se arrastar sobre seu próprio ventre para se locomover; o que a faria obrigatoriamente arrastar-se muito rente ao chão; causando-lhe o desconforto de aspirar e engolir o pó da terra.
Ao condená-la a andar sobre o ventre, O SENHOR está retirando da serpente o que lhe dava condições de locomover-se com mais conforto e desenvoltura. Não é absurdo imaginar que a serpente do Éden se locomovia com patas; a semelhança de répteis que conhecemos hoje (lagartos, jacarés, etc.).

O ambiente no Éden entre o primeiro casal e as animárias, era de harmoniosa amizade. Entendemos que havia perfeita comunhão entre todos; a ponto de haver entre eles uma relação de confiança mútua. Imaginamo-os como uma grande família. Muito diferentes um do outro; segundo suas espécies. Porém, todos dentro do mesmo espírito: O ESPÍRITO SANTO DO DEUS CRIADOR.
Em um ambiente de harmonia, amizade; vivendo dentro de um ambiente sem pecado; imaginamos ser comum entre os moradores do Éden, o dialogar entre si.
Ao defendermos a tese de que o instinto feroz e destrutivo dos animais veio por intermédio do diabo (dentro do seu plano de destruição de toda criação de DEUS), entendemos que no Éden as alimárias viviam isentas desses instintos de destruição. Concluímos então ser comum e natural entre eles, à capacidade de interação completa. Inclusive o diálogo verbal.
É imperioso não esquecer-mos que estamos falando de um DEUS ÚNICO e TODO PODEROSO.
Recordamos ainda uma vez que a irracionalidade e ferocidade animal, não faziam parte do Plano da Criação Divina. Foi imposta à criação através de astutas e ardilosas investidas do diabo (é claro; com a permissão Divina).
Nossa fonte de informações comprobatórias continua sendo a Bíblia Sagrada. Por isso, vejamos em Num. 22:28, 29,30: “Então, o SENHOR abriu a boca da jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu que me espancastes estas três vezes? E Balaão disse à jumenta: Porque zombaste de mim; tomara que tivera eu uma espada na mão, porque agora te mataria. E a jumenta disse a Balaão: Por ventura, não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo que eu fui tua até hoje? Costumei eu alguma vez fazer assim contigo? E ele respondeu: Não”.
Não é absurdo afirmar (repetimos ainda uma vez), a possibilidade de diálogo entre o homem e os animais. Seria limitar-mos o PODER DE DEUS, ignorar está revelação.
Era, portanto, completamente natural e lógico que houvesse o diálogo entre a serpente e a mulher.
Havia também entre elas o relacionamento de amizade; interrompido pela sentença condenatória dada a serpente: “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. (Gen.3:15).
Com base no relatado pelo texto acima, entendemos que havia um natural convívio entre a mulher o homem e a serpente (porque não dizer; que também entre todos os animais). Ninguém fica inimigo; a não ser que antes tenha sido amigo. Estabelecida a inimizade entre a mulher (também ao homem) e a serpente; fica determinado pelo SENHOR DEUS o que seria e como seria daí por diante a convivência entre ambos.


Havendo o diálogo natural entre os habitantes do Éden, natural era que também entre eles existiam laços fortes de amizade e confiança. O seu habitat era uma grande, próspera e farta comunidade. Podemos imaginá-los iniciando seu dia cumprimentando uns aos outros. Vemo-los passeando pelo jardim; o casal e as alimárias; admirando e comentando a respeito dos feitos grandiosos do SENHOR DEUS. Podemos até mesmo vê-los comentando entre si a respeito das duas árvores que foram plantadas no meio do jardim; e sobre o cuidado que deveriam ter acerca delas. Os seus dias , com certeza transcorriam embalados pela paz e tranqüilidade que tem aqueles que são próximos e cultivam uma vida de plena intimidade com o DEUS ALTISSÍMO.

Não aconteceu derrepente; suponho, ou de uma forma única e surpreendente o diálogo narrado em Gen.3:1. Já vimos acima que o ambiente no Éden era de normalidade no que se refere à integração completa entre as alimárias e o casal.
Não me proponho também a especular; declarando que haveria alguma preferência no que se refere à amizade entre a serpente e a mulher; imaginando ser esse o motivo pelo qual foi à serpente a escolhida pelo diabo para seu sorrateiro ingresso no Éden.


Não tenho a resposta. Comecei esse estudo com uma interrogação: Porque a serpente?
Nasceu no coração de DEUS o desejo de instalar no Éden os animais: “Havendo, pois, O SENHOR DEUS formado da terra todo animal do campo e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda alma vivente, isso foi seu nome”. (Gen.2:19).
Toda a alimaria instalada no Éden; foi formada da terra. Não vieram de fora para dentro com seus instintos animalescos de seres irracionais, e, tornados com aptidão de fala humana; como no caso da mula de Balaão.
O diálogo da serpente com Eva não aconteceu apenas no momento da indução à desobediência. Era algo natural e cotidiano.
Procurando nas Sagradas Escrituras, descubro no diabo, um inimigo que se aproveita de oportunidades (ou brechas). Como não é dotado de onisciência, onipotência e muito menos de onipresença; aguçou seu instinto oportunista: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”. (1 Pedro 5:8).
Andando ao derredor, buscando. Durante milhões de anos, essa tem sido a ocupação do diabo; desde o dia em que foi destituído da PRESENÇA DO SENHOR. Conhecedor que é do destino que lhe foi traçado, e sabedor de que seus dias de semeador da destruição e da morte estão contados; (Apoc. 20.10: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo sempre”.); ele vive de andanças pela terra; buscando, como já dissemos: oportunidades para destruir o homem.
Estava lá; na terra de Uz, observando o fiel JÓ: “Então, O SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu AO SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela.” (Jó. 1: 7).


Está hoje, no nosso meio, diante de nós: “O destruidor está diante de ti; guarda tu a fortaleza, observa o caminho, esforça os lombos, fortalece muito o teu poder.” (Naum 2: 1).

O SENHOR JESUS, advertiu seus discípulos a respeito das investidas de satanás: “Disse também O SENHOR: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo.” (Lucas 22:31).
O diabo estava lá; no deserto; acompanhando a consagração de jejum e oração feita pelo SENHOR JESUS: “E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.” (Lucas 4: 2).


Onde estava o diabo durante todo o processo de criação do homem Adão, do jardim do Éden, das alimárias que habitariam esse jardim e da mulher adjutora? Estava na terra. Gerações de homens eram influenciados e subjugados pelo príncipe desse século.O planeta exalava o mal. O diabo e seus seguidores dominavam o homem e os animais. A violência cobria o planeta, regando a terra com o sangue dos que eram mortos pelo assassinato, pelas catástrofes, pelos ataques das bestas feras.
O homem além do Éden, já não se lembrava mais do seu Criador. Sua mente estava cauterizada pelo mal. A terra fora envolvida e abafada pelo espírito da morte.

Lúcifer espreita o Éden. O anjo invejoso ambiciona. Não lhe é mais permitido a aproximação com o DEUS ALTÍSSIMO. O paraíso no Éden é para ele como uma sentença condenatória. Sabe que para ele jamais haverá um recomeço.
Em uma de suas rondas pela terra, avista a serpente e a mulher. Observa que elas conversam entusiasmadamente. Não pode dirigir-se pessoalmente à mulher; porém, conhece o instinto astuto da serpente;e, age.


O homem feito à imagem e semelhança de DEUS, e formado do elemento do planeta terra; é inteligente. Recebeu ordens do SENHOR, e o temor está instalado em seu coração. Ao receber sua adjutora, esta também fica conhecendo a VONTADE DO PAI. Seus corações estão voltados para a obediência. Sabem que existe no meio do jardim, uma árvore cujo fruto para eles está proibido.
Mas, e quanto à conversação? Quanto ao se guardar das más conversações?
O que era para Eva: a má conversação? Visto que ela em sua inocência, e em virtude do próprio ambiente em que vivia; não saberia discernir.
No Éden, Eva nunca fora questionada ou sugestionada. Vivia na total dispensação do SENHOR. Obedecia somente, e isso lhe bastava e satisfazia.

Satanás percebe num momento comum,e por isso rotineiro, entre a mulher e a serpente, a oportunidade de agir sobre Eva. Não usa do seu poder destrutivo. Semeia a dúvida. “É assim que DEUS disse: não comereis de toda árvore do jardim”? (Gen.3: 1-b).
Eva conhecia a resposta: “E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse DEUS: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais”. (Gen.3: 2). Porém, o diálogo foi iniciado. O diabo consegue ser ouvido e ser respondido. Encontrou o caminho do coração de Eva. Sem perder tempo, o diabo lança seu ataque e desfecha o golpe final: “Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.” (Gen.3: 4).
A serpente continua a falar. Já não é mais a animaria do campo moradora do Éden. É possessão do diabo. Agora ele é seu senhor. Ela também, dentro de pouco tempo já não merecerá o Éden. Será mutilada em sua forma natural.
Continua falando com a mulher; mas já não é mais por um DOM DIVINO: “Porque DEUS sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como DEUS, sabendo o bem e o mal.” (Gen.3: 5).


Porque a serpente?
- Por ser mais astuta do que todas as alimárias do campo?
- Porque era quem tinha mais intimidade e comunhão com Eva?
- Porque naquele momento era quem estava com Eva mais próxima da árvore da ciência do bem e do mal?
- Porque deu atenção ao diabo;ouvindo sua voz?

Qualquer que tenha sido a causa ou o motivo; aquele foi um dia terrivelmente triste para os habitantes do jardim do Éden. Durante muito tempo tiveram o gozo de desfrutar da comunhão diária e intima com o CRIADOR. O SENHOR se agradava em passear pelo jardim, conversando com o casal, admirando a obra de Suas mãos. Certamente que fazia planos em Seu coração; a respeito da multiplicação da vida humana naquele ambiente de Santidade e Adoração.
Enquanto visitava o casal e passeava com eles pelo jardim, O SENHOR certamente observava suas reações. Acompanhava seu desenvolvimento e estudava suas reações. Sendo Onisciente; ainda assim desejava em Seu coração, que eles adquirissem maturidade e inteligência espiritual suficientes para poder dar prosseguimento ao Seu plano perfeito para estabelecer para todo sempre Seu Reino sobre a terra.
Esse Reino será estabelecido; com certeza. Foi decretado pelo Senhor da criação; não pode ser revogado.
Durante milhares de anos o diabo tem se empenhado em uma resistência obstinada e desesperada. Inspirada em sua própria natureza, é uma resistência mentirosa.
Acho de todo o meu coração que conseguimos resposta à nossa indagação.
A serpente foi escolhida pela sua própria natureza. As capacidades que ela tinha eram uma particularidade divina. Como todo ser que respira, como tudo que foi criado pelo poder da Palavra, a serpente era dotada de dons que lhe garantiriam o melhor meio de interagir com o meio ambiente.

“E o diabo que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo sempre.” (Apoc. 20:10).
Por conhecer seu destino o diabo age sem pressa. Procura, sonda, indaga, espera; é oportunista.
De rodear o Éden, vislumbrou o momento certo de agir. E agiu.


Quanto a nós, a promessa nos reserva novos céus e nova terra: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” (2 Pedro 3:13).
O DEUS de novidades não desistiu de nós. Deleitamos-nos na certeza de que está próxima a última batalha. O homem dos sonhos de DEUS é real, e, para esse homem está reservada a adoração eterna.


“... SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR DEUS, O TODO-PODEROSO, QUE ERA, E QUE É, E QUE HÁ DE VIR.” (Apoc. 4:8b).


Amém!