TENTAÇÃO, SOFRIMENTO:
PORQUE DAR GLÓRIA A DEUS?
“Todos os mandamentos que hoje vos ordeno guardareis para os fazer, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o Senhor jurou a vossos pais.
“E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor, o teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não.” (Deut.8:1,2)
Somente pelo caminho da fé poderemos servir integralmente ao nosso Deus. Renunciando ao nosso limitado entendimento e aceitando a total e infalível soberania do Deus criador. Reconhecendo-O como único; saberemos adorá-lo acima de qualquer circunstância.
Precisamos ser fortes e ao mesmo tempo, dependentes; o suficiente para obedecer todos os seus mandamentos, incluindo-se o passar por lutas, tentações e humilhações.
Quando aprendermos que não há vitória (com Cristo) sem lutas, que tentação não é pecado (é a preliminar), e que na humilhação (por amor a Cristo) somos exaltados; então, estaremos preparados para algo maior do que tudo aquilo que poderíamos imaginar; que nos será revelado em Glória, por Cristo Jesus.
A TENTAÇÃO.
“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações,...” (Tiago 1:2)
Tentação é a provocação de um desejo. Ou seja: estímulo ou impulso de querer fazer ou possuir algo.
A tentação em si não nos afasta (pecado) de Deus. O ceder a ela é que caracteriza o pecado.
Saber-se tentado, e resistir a tais estímulos, é o que nos faz sair fortalecidos da batalha a qual estejamos travando.
“Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.” (Tiago 1:12)
É maravilhoso ouvir do nosso Deus que Ele conhece nossas limitações. Por isso reconhece e nos galardoa quando nos vê resistindo aos nossos impulsos carnais.
“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e
a ninguém tenta.” (Tiago 1:13)
O Onipotente Criador não está sujeito a qualquer tipo de tentação. Como ser superior e criador; é dominador; logo, a nada se sujeita. Se nos criou a sua imagem, conforme a sua semelhança; logo, nos considera superiores àquele que veio para nos tentar. Essa superioridade no entanto nos limita a autoridade divina; por isso somos tentados; porém, com autoridade para resistir.
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (1Cor.10:13)
“... sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência.” (Tiago 1:3)
Quando somos testados acerca da nossa fé, adquirimos poderes físicos e morais para suportar e resistir a dores, infortúnios e amolações. Nos tornamos perseverantes, firmes; não cedemos.
“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” (Heb. 10:36)
“Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” (Tiago 5:10,11)
“Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis.” (1Pe. 2:20-a)
É claro que o nome do Senhor não pode ser glorificado se sofremos por causa dos nossos erros.O não resistir as tentações e assim enveredar pelo caminho do pecado fatalmente levará a experiências dolorosas.
“Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.” (1Ped. 2:20-b)
Independente de sermos reconhecidos ou não, de recebermos mérito ou algum tipo de recompensa.Para aquele que conhece e vive na palavra de Deus, ainda que sendo desprezado e ignorado; o importante e agradar ao Senhor.
“... porque melhor é que padeçais fazendo o bem (se a vontade de Deus assim o quer) do que fazendo o mal.
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.” (1Ped. 3: 17,18)
Não podemos abrir mão de fazer o bem. É o princípio do ministério de Cristo. Ele é nosso exemplo. Negou-se a si mesmo, e por isso vive para sempre.
“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta parte.” (1 Ped. 4:13-16)
O Apóstolo Pedro não está nos ensinando que devemos nos conformar com as provações e sofrimentos. Muito pelo contrário; o que ele quer é nos ensinar a não estranharmos, ou seja, não ficarmos espantados e surpresos, como se não soubéssemos que seríamos alvo de toda sorte de investidas do nosso adversário.
Porque resistir.
“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.” (Heb.6:4-6)
O Apóstolo Paulo é claro quanto àqueles que depois de terem caído no pecado, recebem o dom Divino do perdão, e ainda assim tornam a incorrer no mesmo erro ou pior ainda. Paulo os considera como cúmplices do ato vergonhoso da crucificação. Por isso torna a exortar-nos: “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Heb. 10: 26-29)
Paulo fala com autoridade. Não tolera nem compactua com os que desprezam a palavra. Alerta a respeito da inutilidade dos sacrifícios oferecidos por corações cheios de malícia. Não esconde a severidade do juízo Divino. Cita a implacável lei de Moisés e a considera como branda; diante realidade e da responsabilidade de andar sob a lei da Graça.
“Mas cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.” (Tiago 1:14)
Tiago ensina porque precisamos resistir. Nosso desejo exagerado de ter prazer é um astuto chamariz: atrativo, sedutor e enganoso. Por isso, Pedro também nos admoesta com a mesma severidade de Paulo, quando diz: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao esponjadouro de lama.” (2Ped. 2: 20-22)
Fiquemos, por fim, com as palavras de Tiago: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4:7)
Amém!
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