domingo, 7 de junho de 2009
A LUZ INACESSÍVEL
Paulo inicia sua carta aos Gálatas declarando sua autoridade divina. Usa o recurso do parênteses para reafirmar sua independência espiritual. Declara-se Apóstolo (Gr. Apóstolos: enviado, aquele que se dedica, que se consagra – se sacrifica por alguém ou alguma coisa, oferece com afeição, que não deve ser violado ou infligido, que se destina exclusivamente a...).
Longe de mostrar-se presunçoso (que tem opinião muito elevada de si mesmo), Paulo legítima sua íntima relação com seu Mestre; através das experiências vividas quando de sua conversão.
No capítulo 9 de Atos aprendemos porque Paulo se declara Apóstolo por Jesus Cristo e Deus Pai:
”E indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu”
1- SUBITAMENTE: (inesperadamente). Paulo não fora previamente preparado ou avisado pelo Espírito Santo ou por algum outro mensageiro do céu que teria algum tipo de experiência sobrenatural enquanto estivesse a caminho de Damasco. Muito pelo contrario, nos versículos 1 e 2 de Atos 9, vemos um dedicado doutor em leis, Judeu praticante, fanático, fiel defensor e seguidor das leis Mosaicas e ritos religiosos de seu povo:
“E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.”
Esse Saulo, que tem repentinamente sua caminhada interrompida, caminhava para Damasco certo de que prestava um grande serviço a Deus e a seu povo. Certamente lhe ardia o coração – inflamado por seu sentido de devoção extrema – enquanto pelo caminho, pensava quão grande era sua missão, e o quanto dependia de sua força, firmeza e autoridade espiritual paralisar o crescimento de tal seita; formada por um número cada vez crescente de fanáticos seguidores de um certo Jesus de Nazaré.
Paulo achava-se motivado ao empreender tal cruzada em favor e defesa de suas convicções religiosas. Há pouco tempo interrogara um certo fanático chamado Estevão, e colaborara firmemente para que este recebesse o merecido castigo por tamanha blasfêmia: pregar um messias chamado Jesus como verdadeiro filho de Deus.(Atos 6:8 a 15)
2- ... O CERCOU: (rodear, circundar, encerrar). Paulo foi literalmente interrompido (fazer cessar, extinguir, cortar a continuidade, parar no decurso de uma ação). Independentemente de estar agindo sob a vontade soberana ou permissiva de Deus, no seu caso, Paulo não teve escolha; tamanha foi a impressão causada por tal experiência.
No diálogo que se segue, visto nos versículos 4,5 e 6 de Atos 9 entendemos a força e o impacto causados por esse encontro sobrenatural (que ultrapassa as leis e as forças da natureza, que pertence ao domínio da fé):
“E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhoes. E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, o que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.”
Aquele Paulo culto, doutor da lei, impetuoso e convicto de suas razões, severo e vigilante mantenedor da lei e dos costumes Judaicos, agora, é só ouvidos.Ouve a voz do Senhor, que vem do céu. Dialoga com essa voz porque sabe que não está delirando. Os varões que o acompanham na jornada, também a ouvem. Paulo está totalmente envolvido por uma presença maravilhosissíma . Talvez, muito rapidamente – numa dessas brevidades de tempo que mais parecem uma eternidade – tenha-lhe vindo à mente as experiências vividas também por Abraão, por Jacó, Moisés, Elias, Jeremias, Jonas, e tantos outros, que ele bem conhecia . No entanto, talvez pelo imprevisível do que estava acontecendo, ele indaga: “Quem és Senhor?”
3- ... UM RESPLENDOR DE LUZ DO CÉU: (brilho intenso, que traz felicidade serena, sem inquietação).
“...Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível: a quem nenhum dos homens viu nem pode ver: ao qual seja honra e poder sempiterno, Amém.” (1 Timóteo 6:16)
Paulo e “um resplendor do céu.” Paulo e “a luz inacessível.” Um encontro excepcional com “a luz do mundo.” Podemos imaginar Paulo ouvindo muito claramente em seu coração: “Filho meu, atenta para as minhas palavras: às minhas razões inclina o teu ouvido.” (Provérbios 4:20), “... que tens tu que recitar os meus estatutos e que tomar o meu concerto na tua boca, pois aborreces a correção e lanças as minhas palavras para detrás de ti?’ (Salmos 50:16,17), “... àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: blasfemas, porque disse: Sou filho de Deus?”(João 10:36)
O poder pelo qual é envolvido leva Paulo ao chão. O homem carne é matéria atraída para o centro da terra. “... porquanto és pó e em pó te tornarás.” (Gênesis 3:19b) Paulo é levantado pelo Espírito Santo quando se rende ao chamado de Cristo. Os olhos carnais se lhe escurecem para que possa enxergar mais daquela luz – a Palavra de Deus – que agora se torna acessível.
Então, chegamos ao ápice do poder divino: ‘... Senhor, que queres que te faça?”(Atos 9:6a) O homem é o que Deus quer que ele seja.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2:8)
Deus abençoe.
sábado, 9 de maio de 2009
A presciência de Deus
“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos seja multiplicada.”
1Ped. 1:2
O Apóstolo Pedro escreveu que somos eleitos segundo a presciência de Deus Pai. Não O Filho, não O Espírito Santo; mas o próprio Pai e criador de todas as coisas. Foi Ele; o sumo arquiteto do universo, que em sua excelência única de Senhor de tudo que foi, é e será criado, quem olhou para nós, nos amou primeiro e depositou em nós sua confiança; por isso nos elegeu.
Por sua presciência, ou seja: por ser conhecedor – único – do que está por vir, Ele nos separou.
Muitas vezes nos perguntamos: porque todo aquele sofrimento na vida de Jó? A resposta é: pela presciência de Deus. Ele sabia – quando permitiu que o diabo tocasse em Jó – que seu eleito não blasfemaria.
O Senhor Jesus mesmo declarou aos seus discípulos: “Mas, daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem O Filho, senão O Pai” (Mc. 13:32). Logo, a presciência é atributo de Deus. É singular.
Deus nos coloca na mesma estatura e condição de seu próprio filho; quando nos elege (chama) para servi-lo. Faltam palavras em nosso vocabulário com que possamos expressar a magnitude de tal maravilha. Talvez consigamos esboçar algo como: ”obrigado Senhor”, acreditando que Ele por sua infinita bondade e misericórdia possa receber nosso balbuciar de agradecimento.
O Deus uno e trino não pode negar-se a si mesmo. Por isso completa sua vontade com as pessoas do Espírito Santo e do Filho.
Pedro escreve ainda: “... em santificação do Espírito...”. O Apóstolo Paulo escreveu: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor” (Heb.12:14).
A santidade testifica o eleito de Deus. É exigência para se ter intimidade com O Filho. Santidade é a Glória de Deus (Ex.15:11). Santidade é dar-se a Deus (Ex.39:31). Santidade é fazer a vontade de Deus (1 Tes.4:3). Se formos santificados pelo Espírito Santo, então, aí sim estamos legitimados na escolha do Criador.
Finalizando a revelação que lhe foi dada Pedro escreveu: “... para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo: ...”
Jesus é nosso grande exemplo de obediência: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Heb. 5:8). Pedro testifica: “... Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At.5.29b). A obediência faz-nos vencer a luta do espírito contra a carne. A obediência é uma poderosa e eficaz arma da nossa milícia, capaz de aprisionar os demônios e conselhos. (2Cor. 10:45).
Levar-nos a proclamar a libertação, a cura e a salvação pela lembrança do sangue do Cordeiro derramado na cruz do calvário, é o propósito do coração de Deus ao nos eleger.
Através do simbolismo do sangue do cordeiro aspergido sobre a verga e as ombreiras das casas do povo escolhido – antecedendo a fuga do cativeiro Egípcio -, Deus nos trás a figura do Seu Filho: O Cristo; fazendo-se trino e uno.
Por ser conhecedor do amanhã, nosso Deus, poderoso e criador de todas as coisas, falando-nos pelo seu Santo Espírito e revelando-nos seu filho; elegeu-nos para: multiplicando sua graça e paz, fazermos a diferença entre os que servem e os que não servem a Deus.
Deus abençoe.
domingo, 5 de abril de 2009
Jesus sempre presente
"Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havido por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do filho do homem" Luc.21:36
"... ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!" Mat.28:20
Quando damos ouvidos a Palavra de Deus (Iz.53:1) experimentamos continuamente o milagre da presença viva e real do Senhor Jesus em nossas vidas.
Os discípulos passaram pelas veredas do mêdo e do desespero, tornando-se momentãneamente incapazes de reconhecer a presença do Mestre - através da palavra -; tamanho o pavor do qual foram acometidos quando sentiram que suas vidas estavam em perigo de morte. Segundo o registrado por Lucas e Mateus, o apego à vida terrena os impediu de experimentar a presença do Mestre; quando passavam por um momento de real perigo.
A ordem do Senhor Jesus para nós é vigiarmos,para que sejamos achados dignos de te-lo diante de nós. Dignos de não sermos acometidos pelos males desse mundo; enquanto Sua presença for constante e initerrupita em nossas vidas.
Diante do vento forte e das ondas impiedosas, os discípulos se deixaram interromper em sua ligação íntima com Jesus. O laço de proteção que os unia foi rompido pela manifestação terrena do príncipe desse século. Vento e àgua se sobrelevaram sobre tudo o que haviam ouvido e visto até aquele momento.
O Apóstolo Paulo escreveu aos Corintios: "... perseguidos, mas não desamparados; ..." (2Cor.4:9a). Paulo entendia de perseguição, e tribulação, mas sabia - e vivia esse saber - que nunca estava só; nos momentos de fraqueza, era um forte. (2Cor.12:10b)
Como foi dado aos discípulos, a nós também cabe o mesmo mandado: IR. Se guardamos a certeza de que Ele está conosco, e de que estará quando chegarmos (não importa o tempo; com seus impedimentos), certamente O glorificaremos.
Os anos de nossa vida passarão, os tempos determinados serão cumpridos, e o que tiver que ser será. Se aprendemos com Ele, se guardamos o que nos é revelado pelo Espírito Santo através da Sua palavra, confiemos então que estamos acompanhados e amparados, não só nesse nosso limitado tempo terreno, mas, até a consumação dos séculos.
Deus abençoe.
Diácono Jamilson.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Ser racional
CENA 1
Caminhando pelas ruas da cidade, vejo a ação de um cão (desses que vagam pelas ruas). Ele está entre montes de lixo acumulado a espera do caminhão de coleta. O esperto (e faminto) cão pega uma das bolsas de lixo e a leva mais ou menos por uns cincoenta metros, parando em um local que para ele é o ideal para fazer sossegado sua refeição (está claro que o único interesse do cão por aquele saco de lixo é encontrar ali algo que comer). O cão rasga a bolsa de lixo, retira o que lhe interessa, faz sua refeição, e vai embora (talvez a procura de outra bolsa de lixo). O que restou da bolsa e do lixo que estava dentro dela; ficam por ali espalhados.
CENA 2
Caminhando pelas ruas da cidade, vejo a ação de dois garotos (desses que não são “de rua”, mas que por falta do que fazer ou por necessidade vagam pelas ruas). Suas idades variam entre 10 ou 12 anos; não mais que isso. Me chama a atenção vê-los revirando bolsas de lixo penduradas (à espera do caminhão de coleta) no muro de alguém. Retiram duas bolsas de lixo (depois de apalpalas) e afastando-se alguns metros para debaixo da cobertura de varanda de uma birosca (dessas que só funcionam nos horarios de maior movimento)freneticamente rasgam as bolsas, derramam na calçada todo o lixo, e triunfantemente separam e recolhem latas (latas?) de cerveja e refrigerantes. Tudo o que lhes interessa são esses vasilhames (ahh!!), os quais amassam com os pés, colocam em uma outra bolsa que trazem consigo e vão-se embora tranquilamente (talvez a procura de outras bolsas com lixo). O que restou da bolsa e do lixo que estava dentro dela ficam por ali espalhados.
TÓPICOS
1- CÃO: Mamífero carnívoro, domesticado, cuja fêmea apresenta dez mamas, gestação de nove semanas e geralmente dá à luz entre seis e dez filhotes, que atingem a maturidade sexual com um ano. Animal irracional (que é desprovido de razão, de racíocinio).
2- GAROTO: Menino, criança, gaiato (travesso e vadio). Animal racional (que é dotado de razão, faculdade de compreender, conhecer, julgar e discernimento).
CONSIDERAÇÕES I
“E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; …”
Gen.1.24a
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança, …”
Gen.1.26ª
O que diferencia o racional do irracional é o D.N.A de Deus. Ambos fazem parte do projeto divino da criação. Porém, o ser racional determina o desejo do Criador de tornar-se parte integrante e ativa desse seu projeto terreno.
Pelo poder da sua palavra o Senhor Deus determinou que a própria terra; (por si mesma) produzisse alma vivente. A terra; matéria irracional, produziu espécies de seres irracionais (Gen.1.24).
Pelas próprias mãos do Senhor o homem foi feito e entretecido (Jó 10.8-12). Pelo sopro do fôlego de vida a porção racional foi injetada na alma do homem.
CONSIDERAÇÕES II
“Então, aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro: e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome. E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve.” (Mal.3.16-18)
Aflige-me o espírito; o ter sido testemunha do quão tem se antecipado o diabo a levar o homem tão precocemente à condição de miséria humana e espíritual. Porque age o ser humano de forma tão semelhante ao animais?
As mãos que afagam são as mesmas que roubam. Os olhos que muitas vezes falam por nós expressando amor, piedade e ternura, são os mesmos que cobiçam. O gozo da alma , – expressado na carne – sendo dom de Deus (Ecl.2.24) explode descontroladamente em forma de concupiscência.
CONSIDERAÇÕES III
“O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e não o visitará mal nenhum.” (Prov.19.23)
O homem foi visitado pelo mal (a visita pode ser rejeitada e até mandada embora) porque foi achado sem temor para com o Senhor. Faltando-lhe o príncipio do conhecimento (Prov.1.7), não sabe de onde veio, porque está aqui e nem para onde vai. Sendo assim, abre-se-lhe o coração para o semeador do mal.
CONSIDERAÇÕES IV
“… José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.” (Mat.1.20b)
Há (porque está vivo) um que foi gerado sem pecado: o Filho. Uma parte da Trindade foi trazida ao mundo. Sendo formado em carne incorrupítivel, o Filho traz a mensagem de Boas Novas: é possível um novo nascimento (Jo.3.3-7).
Nascer do Espírito é morrer para a carne. Nascer do Espírito é diminuir para que Ele cresça. Nascer do Espírito é edificar-se e viver da fé; para agradá-Lo.
CONSIDERAÇÕES V
O que diferencia aqueles dois garotos daquele cão é o D.N.A racional do Criador. A capacidade de ouvir e entender. A condição de filhos legítimos; outorgada na cruz do calvário.
Quando o Verbo se fez carne (Jo.1.14), trouxe vida a carne. Ao recebermos o Espírito Santo , já não somos obrigados a inclinação à carne (Rom.8.6).
Há uma decisão a ser tomada, uma escolha a ser feita (Josué 24.25).
O filho do homem mostrou-nos que é possível sim, vencer a carne(Jo.13.15). Suportando dores e escárnios, padecendo (Luc.17.25 – 24.26 – Atos 3.18 – 26.23), nos ensinou a resistir e vencer (Fil.1.29).
CONSIDERAÇÕES VI
“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rom.10.14)
È necessário que aqueles garotos ouçam as Boas Novas. O Evangelho da salvação precisa chegar até eles (Rom.1.16).
O cão nasce irracional e morrerá irracional. Seguirá revirando sacolas de lixo; obedecendo seu instinto de sobrevivência.
Ao homem está reservado a transformação completa através do novo nascimento (2Cor.5.17).
Deus abençoe. Diácono Jamilson
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Lançando fora toda corrupição
Seria um misto de ignorãncia, prepotência e até mesmo de blasfêmia de nossa parte acharmos que o Filho de Deus mesmo quando esteve no nosso meio ( encarnado) , teria tido a mesma constituição carnal que nós temos.
Acredito que mesmo num corpo físico como o nosso, e por isso mesmo sujeito as mesmas sensações e manifestações provenientes da natureza humana, havia com toda certeza um diferencial no corpo físico do Senhor Jesus.
Sendo Ele gerado da semente incorrupitivel, ou seja, pela própria Palavra de Deus; o corpo de Jesus pela sua natureza Divina jamais poderia gerar algo corrupitivel. Por exemplo: tudo que é expelido pelo nosso corpo é o resultado - como sobra - daquilo que não foi aproveitado pelo organismo. Esta é uma forma de defesa encontrada pela natureza para que as demais partes do corpo não sejam contaminadas (por isso as vezes a parte granguenada de um membro do corpo é extirpada; para que não se perca todo o membro).
A carne ferida significa células mortas, ou seja: tecidos internos ou externos que não se regeneram. A parte boa do corpo reage para não ser também contaminada; gerando assim um campo de resistência e defesa; passando a espelir as células mortas através de secreções ou excrementos (purgamentos, corrimentos, sangramentos, escórias e etc.).
Donde concluimos que tudo que é lançado para fora pelo nosso organismo é corrupição. Ou seja: elemento morto.
Jesus é a exeção (da sua saliva foi feito o lôdo que curou um cego). Ele nunca manifestou ou permitiu que saisse d'Ele algo que não fosse vida. Em todos os sentidos Jesus sempre anunciou vida; "e vida com abundãncia".
Ele mesmo declarou: " As palavras que eu vos digo são verdade e vida". Declarou ainda que: " Eis que vos dou o exemplo, para que como eu fiz, façais vós também". Por fim nos lembramos da comissão que d'Ele recebemos: " Aquele que crer em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas".
Portanto, não é o parente mais próximo ou o líder religioso (por mais bem intensionados que possam estar) os responsáveis pelo milagre da cura. A própria pessoa (nós mesmos) pode e deve abrir sua boca expelindo de si o que está corrompido; declarando a vida sobre a morte.
Não podemos pedir que alguém se alimente, tome banho, chore, sorria ou faça as necessidades naturais do corpo por nós.
Da mesma maneira, tudo o que está se corrompendo dentro de nós deve ser colocado p'ra fora por nós mesmos.
Como o Espírito Santo nos revelou no início: em Cristo não havia corrupição nem morte. Precisamos pela fé ter olhos de ver o sentido real do plano da criação: "O homem à imagem, conforme a semelhança de Deus".
Nosso Cristo tem ainda hoje (através de nós) todo poder de transformar morte em vida. Basta tomar sobre nós a autoridade da Palavra da vida sobre a morte (física ou espíritual).
Nosso corpo reage lançando de dentro para fora tudo aquilo que não presta. A célula viva reage e expulsa a morta.
A Palavra da qual o Senhor Jesus foi gerado ( dando-lhe imunidade sobre a corrupição da carne) está hoje a nossa disposição como consequência do sacrifício da cruz. Não podemos desprezala.
Física ou Espiritualmente, é assim que deve ser.
Deus abençoe.